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Maduro é reeleito presidente da Venezuela; líderes internacionais questionam legitimidade

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou preocupações sérias sobre o resultado anunciado

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para um novo mandato de seis anos nas eleições realizadas no último domingo (28). O anúncio foi feito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na madrugada de segunda-feira (29). Maduro, que está no poder desde 2013, assumirá seu novo mandato em janeiro de 2025. A vitória de Maduro significa a continuidade do chavismo no poder, movimento político iniciado pelo ex-presidente Hugo Chávez, que governou o país de 1999 a 2013. Desde a morte de Chávez, Maduro tem sido o sucessor da ideologia.

No entanto, a reeleição de Maduro gerou ampla controvérsia e descontentamento internacional. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou preocupações sérias sobre o resultado anunciado, afirmando que o resultado “não reflete a vontade ou os votos do povo venezuelano”. Blinken pediu transparência completa e imediata na divulgação dos resultados e afirmou que a comunidade internacional está atenta ao desenrolar da situação.

A União Europeia também se manifestou através de Josep Borrell Fontelles, vice-presidente da Comissão da UE, que destacou a necessidade de respeitar a vontade do povo venezuelano e garantir total transparência no processo eleitoral. Borrell ressaltou a importância de uma contagem detalhada dos votos e o acesso às atas de votação.

Líderes de outros países também se posicionaram sobre o resultado. Gabriel Boric, presidente do Chile, e Javier Milei, presidente da Argentina, além dos ministros das Relações Exteriores do Peru e da Colômbia, Javier Gonzalez-Olaecha e Luis Gilberto Murillo, respectivamente, pediram maior clareza e fiscalização no processo eleitoral. A Espanha, através de José Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores, também se uniu às preocupações expressas pelos outros países. O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre o resultado.

A comunidade internacional e o povo venezuelano, incluindo milhões que vivem no exílio, exigem uma revisão completa e independente do processo eleitoral para assegurar a legitimidade dos resultados.

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