George ‘Fantomas’ Petrovitch mora em Boca Raton e tem saudades da época de ouro da luta livre
George Petrovitch recorda com saudosismo daquela agitação e da fama, mas admite que não possui qualquer registro da sua época de Fantomas: “A fantasia foi destruída e as fotos se perderam no tempo.
Ficou somente a lembrança”, conta o brasileiro, descendente de russos, que vive nos Estados Unidos há 36 anos com a mulher e as duas filhas. Ao chegar na América, ele ainda disputou uma luta em Washington DC, com o personagem ‘Lenhador Russo’, sem contudo imaginar que poderia seguir carreira por aqui.
Seu objetivo, desde aquela época, era trabalhar como mecânico na oficina dos irmãos, na capital. E foi isso que aconteceu. Anos depois, ele abriu seu próprio negócio, em Pompano Beach, e hoje atua como dealer de automóveis, na DC Auto Bary. Para quem já passou pela Copans Road já deve ter visto um enorme escudo do Corinthians na frente da loja – o futebol, aliás, é uma das fortes ligações que este paulistano ainda mantém com o Brasil.
Dos tempos dos ringues, George não guarda sequer cicatrizes: “As lutas eram simuladas, mas tudo exigia muita coreografia e ensaio. Só me machuquei de verdade uma vez, quando caí de costas no tablado”, disse ‘Fantomas’. Ele ainda assiste aos combates na tevê americana e fica impressionado com o dinheiro que a indústria movimenta aqui nos EUA – em especial a World Wrestling Entertainment (WWE), que com os programas, revistas, equipamentos e jogos de videogame faturaram 47 milhões em 2006. Então, dá vontade de voltar a lutar? “Nem pensar. Aos 71 anos de idade, meus ossos não aguentariam as quedas e trancos”, finaliza George.