Esportes

Lutador de Telecatch nos anos 60, ‘Fantomas’ vive hoje na Flórida

George ‘Fantomas’ Petrovitch mora em Boca Raton e tem saudades da época de ouro da luta livre

Verdugo, Aquiles, Cavaleiro Varmelho, Tigre Paraguaio e – o mais famoso deles – Ted Boy Marino. Quem tem mais de 35 anos sabe que estes nomes são de lutadores do Telecatch, um programa de grande audiência na televisão brasileira nos anos 60 que misturava luta livre e muita encenação. O que pouca gente sabe é que um dos mais destacados participantes do Telecatch, o supremo Fantomas das Quebradas, mora em Boca Raton e trabalha no ramo de automóveis.

George Petrovitch recorda com saudosismo daquela agitação e da fama, mas admite que não possui qualquer registro da sua época de Fantomas: “A fantasia foi destruída e as fotos se perderam no tempo.

Ficou somente a lembrança”, conta o brasileiro, descendente de russos, que vive nos Estados Unidos há 36 anos com a mulher e as duas filhas. Ao chegar na América, ele ainda disputou uma luta em Washington DC, com o personagem ‘Lenhador Russo’, sem contudo imaginar que poderia seguir carreira por aqui.

Seu objetivo, desde aquela época, era trabalhar como mecânico na oficina dos irmãos, na capital. E foi isso que aconteceu. Anos depois, ele abriu seu próprio negócio, em Pompano Beach, e hoje atua como dealer de automóveis, na DC Auto Bary. Para quem já passou pela Copans Road já deve ter visto um enorme escudo do Corinthians na frente da loja – o futebol, aliás, é uma das fortes ligações que este paulistano ainda mantém com o Brasil.

Dos tempos dos ringues, George não guarda sequer cicatrizes: “As lutas eram simuladas, mas tudo exigia muita coreografia e ensaio. Só me machuquei de verdade uma vez, quando caí de costas no tablado”, disse ‘Fantomas’. Ele ainda assiste aos combates na tevê americana e fica impressionado com o dinheiro que a indústria movimenta aqui nos EUA – em especial a World Wrestling Entertainment (WWE), que com os programas, revistas, equipamentos e jogos de videogame faturaram 47 milhões em 2006. Então, dá vontade de voltar a lutar? “Nem pensar. Aos 71 anos de idade, meus ossos não aguentariam as quedas e trancos”, finaliza George.

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