Em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (31), o presidente Luis Inácio Lula da Silva voltou a reclamar de estar morando em um hotel enquanto o Palácio da Alvorada, residência oficial do Chefe do Executivo, passa por reformas. “Sou um sem casa, um sem palácio”, disse o petista em evento com movimentos sociais em Brasília. “Eu deveria estar falando lá naquele microfone do movimento social, para reivindicar do companheiro Rui Costa, nosso ministro-chefe da Casa Civil, a casa para o presidente da República morar. Pois eu ainda não estou morando numa casa. Eu estou morando no hotel”, afirmou Lula.
Desde que assumiu a presidência, em 1º de janeiro, o presidente vem demonstrando seu descontentamento em não poder ocupar o Palácio da Alvorada, ao lado da primeira-dama, Janja, e seus animais de estimação. “Vocês precisam ajudar a reivindicar o direito de eu morar. Porque já faz mais de 45 dias que eu estou no hotel. E não é brincadeira. Eu, Janja e duas cachorras que estão dentro do hotel à espera que a gente consiga liberar o Palácio da Alvorada, porque o cidadão que estava morando lá me parece que não tinha nenhuma disposição e nenhuma intenção de cuidar daquilo. Nem cama a gente encontrou dentro do Palácio da Alvorada, no quarto que é o quarto presidencial”, reclamou Lula sobre as condições deixadas pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro.
Lula e Janja estão hospedados no hotel Meliá, em Brasília, desde 1º de janeiro. Até 18 de janeiro, o Planalto tinha pago R$ 216,8 mil por hospedagens do mandatário no hotel, valor publicado no Diário Oficial da União. Em nota, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação) informou que as residências oficiais — Alvorada e Granja do Torto — não tinham “condições de habitabilidade”, e que o presidente e a primeira-dama permanecerão no hotel até, pelo menos, o dia 2 de fevereiro.