O jornalista e biógrafo de Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Morais, revelou que o governo dos Estados Unidos monitorou o presidente brasileiro por décadas, resultando na produção de pelo menos 819 documentos que somam 3.300 páginas de registros. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo na quinta-feira (18).
Os documentos, mantidos por diferentes órgãos do governo americano, especialmente pela CIA, abrangem o período de 1966 a 2019. Eles incluem informações sobre planos militares brasileiros, produção nacional de petróleo e detalhes das relações de Lula com líderes internacionais, como a ex-presidente Dilma Rousseff, autoridades do Oriente Médio e da China.
Fernando Morais e sua equipe obtiveram acesso aos documentos através da Lei de Acesso à Informação americana, solicitando relatórios, e-mails, cartas e outros registros produzidos pelos órgãos de inteligência dos EUA. Além dos documentos da CIA, foram identificados registros de outros órgãos como o Departamento de Estado, a Agência de Inteligência da Defesa e o Departamento de Defesa, entre outros.
Ainda aguarda-se resposta de agências como FBI, NSA e FinCEN para fornecerem ou não os dados solicitados. Morais, conhecido por sua obra biográfica sobre Lula, lançou o primeiro volume em 2021 e está atualmente trabalhando no segundo volume do livro.
