Na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram em Nova York com representantes das agências de classificação de risco Moody’s e Standard & Poor’s (S&P). Durante o encontro, Lula pediu um cronograma sobre as perspectivas de recuperação da nota de crédito do Brasil, que, apesar de ter melhorado desde 2023, ainda está distante do “grau de investimento”.
Haddad expressou otimismo, afirmando que esperam um aumento na nota de crédito no próximo ano. Ele destacou que, quando o governo assumiu, o Brasil estava três degraus abaixo do grau de investimento e que, possivelmente, poderá estar a um degrau de alcançá-lo em uma ou duas agências em 2024.
As agências de classificação são fundamentais na análise da segurança dos investimentos. O Brasil já teve grau de investimento no início dos anos 2010, mas perdeu essa classificação após a crise de 2015. Durante a reunião, Haddad detalhou mudanças na economia brasileira, como o novo arcabouço fiscal e a moralização do pagamento de emendas parlamentares. Ele concluiu que o prognóstico é favorável para o próximo ano, mas não pode garantir a recuperação da classificação até o final do atual mandato em 2026.
O ministro também enfatizou que Lula queria entender a percepção das agências sobre as políticas implementadas, em um esforço para reverter a desorganização das contas públicas após uma década de rebaixamento.