A rede americana de fast-food Mc Donald’s aderiu ao ‘Dia Sem Imigrante’ nesta quinta-feira (16) e fechou as portas em várias localidades dos Estados Unidos. O ‘Dia Sem Imigrante’ foi uma data de protestos em que os imigrantes – legalizados ou não – pararam de trabalhar para mostrar o quanto são importantes para a economia americana. O movimento ganhou repercussão nacional.
“Eu passei no McDonald’s para tomar um café, mas está fechado. Ouvi dizer que os imigrantes estão fazendo protestos contra as políticas de Trump para os imigrantes. Fiquei bravo na hora, mas agora entendi que a causa é nobre e dou todo o apoio”, disse um americano de New Jersey.
A manifestação foi convocada em defesa aos direitos dos imigrantes e como forma de chamar atenção para a importância deles para a economia do país. O tratamento dispensado pelo governo Trump aos imigrantes ilegais também é motivo de críticas.
O setor de restaurantes foi o que mais aderiu porque, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa de Imigração da George Mason University, 23% da mão de obra nacional do setor é composta por imigrantes.
A paralisação atingiu de restaurantes renomados a pequenas lanchonetes e inclusive o serviço que fornece refeições para o Senado. Em Washington, 48% das pessoas que trabalham no ramo de alimentação são imigrantes, segundo o jornal “Washington Post”, e mesmo os locais que permaneceram abertos reduziram as opções em seus cardápios.
Ainda de acordo com o jornal, empregadores e participantes do movimento não estão fazendo distinção entre os imigrantes que estão no país legalmente ou não.
“É um protesto de ausência, não de presença. Isso pode ter mais impacto do que uma manifestação comum”, explicou o professor de Sociologia da Universidade Americana, Ernesto Castañeda, em Mount Pleasant, o bairro mais hispânico de Washington, de acordo com a EFE.