Documentos que incluem os nomes de mais de 200 pessoas ligadas a Jeffrey Epstein, incluindo figuras proeminentes como Bill Clinton, Donald Trump e Michael Jackson. Os documentos, liberados como parte de uma decisão judicial, oferecem uma visão mais detalhada do círculo de contatos de Epstein, abrangendo parceiros de negócios, amigos e outros. Embora muitas das informações já fossem conhecidas e nem todos os mencionados fossem acusados de irregularidades, a expectativa era que a lista incluísse nomes associados aos registros de voo do infame “Lolita Express” de Epstein.
Os documentos judiciais, relacionados a um processo por difamação movido por Virginia Giuffre em 2015, mantém em sigilo pelo menos quatro nomes citados no caso. Entre os listados, estão o príncipe Andrew, do Reino Unido, cujas ligações com Epstein foram amplamente reportadas, além de nomes notáveis como Bill Clinton, que viajou no jato particular de Epstein em conexão com a Fundação Clinton, conforme registros.
No depoimento, uma das vítimas de Epstein, Johanna Sjoberg, mencionou que conheceu Michael Jackson na casa de Epstein em Palm Beach, mas não o acusou de qualquer delito. Figuras como Donald Trump e Alan Dershowitz também aparecem nos documentos, com Trump sendo mencionado em um contexto de viagem em 2001. Sjoberg testemunhou que Epstein certa vez discutiu com ele sobre ir a um cassino em Atlantic City, embora as referências não detalhem irregularidades.
Sjoberg também mencionou Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Bruce Willis e Cameron Diaz durante seu depoimento. As celebridades foram citadas em um contexto onde a vítima conta que Epstein costumava falar no telefone com famosos enquanto recebia massagens de vítimas menores de idade. Nenhum deles é acusado de irregularidades.
O nome da supermodelo Naomi Campbell também aparece na lista, quando Giuffre descreveu viagens ao exterior com Maxwell e Epstein. Em uma viagem ao sul da França, Giuffre afirmou que teve contato sexual com Maxwell antes de participar da festa de aniversário de Naomi, sem o conhecimento da modelo.
Epstein socializou com titãs de Wall Street, realeza e celebridades antes de se declarar culpado de solicitar prostituição a uma menor em 2008. Segundo as autoridades, ele cometeu suicídio em 2019, aos 66 anos, enquanto aguardava julgamento por acusações federais por tráfico sexual.
Dezenas de mulheres acusaram Epstein de forçá-las a prestar serviços sexuais a ele e a seus convidados em sua ilha particular no Caribe e nas casas que ele possuía em New York, Flórida e New Mexico. Virginia Giuffre, uma das acusadoras mais proeminentes, entrou com uma ação judicial contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein.
Maxwell, filha do magnata da mídia britânica Robert Maxwell, cumpre pena de 20 anos de prisão por recrutar meninas menores de idade para Epstein.
