O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, do Partido Republicano, rejeitou a medida apresentada pelo presidente, Donald Trump, e apoiada pelos Democratas que aumenta a quantia do cheque-estímulo de $600 para dois mil dólares.
Assim que a proposta chegou ao Senado após passar pela Câmara nesta terça-feira (29), o senador Democrata, Chuck Schumer, líder da minoria, propôs a aprovação do projeto por consentimento unânime, o que significava que a medida avançaria se nenhum outro senador se opusesse.
No plenário da Casa Legislativa, Schumer disse: “Não quero ouvir que não podemos pagar. Não quero ouvir que isso aumentaria muito o déficit. Os Republicanos adicionaram quase $ 2 trilhões em déficit ao dar às grandes empresas uma redução brutal nos impostos”.
Mas McConnell rapidamente se opôs. Ele disse que o Senado “iniciaria um processo” de discussão dos valores dos cheques-estímulo e duas outras questões que Trump exigiu que os legisladores tratassem: segurança eleitoral e remoção de proteções legais das plataformas de mídias sociais.
Mas não explicou quando essa discussão iria acontecer.
Pelo Twitter, Trump reagiu ao bloqueio de McConnell: “A menos que os Republicanos tenham um desejo de morte, eles devem aprovar os pagamentos de $ 2.000 o mais rápido possível. $ 600 NÃO É SUFICIENTE!”.
Apesar do apoio de Trump, vários senadores Republicanos criticaram abertamente a proposta, revelando uma cisão no partido entre os Republicanos que apoiam as tendências populistas de Trump e um outro grupo mais conservador, que vê com receios o aumento da despesa do Estado ao mais que triplicar o valor atual do cheques.
Para tentar forçar uma tomada de decisão, o senador Bernie Sanders pediu para interromper as votações até que os legisladores decidam sobre a proposta de aumentar o valor da ajuda que será enviados à população.
O atraso pode manter o Senado em Washington até o dia de Ano Novo.