New York planeja proibir que empresas de redes sociais usem algoritmos para direcionar conteúdo a crianças sem o consentimento dos pais, segundo um acordo provisório alcançado por legisladores estaduais e a governadora Kathy Hochul. O projeto de lei ainda está sendo finalizado, mas que deve ser votado esta semana, informaram as autoridades na terça-feira (4).
A legislação tem como objetivo evitar que as empresas de redes sociais sirvam feeds automatizados para menores. Críticos afirmam que os algoritmos levam crianças a conteúdos violentos e sexualmente explícitos. O projeto também proibiria as plataformas de enviar notificações aos menores durante a madrugada, entre meia-noite e 6 da manhã, sem o consentimento dos pais. As empresas seriam ainda proibidas de vender os dados de pessoas com menos de 18 anos. Se aprovada, essa será a primeira legislação desse tipo no país.
Os defensores do projeto dizem que as empresas de redes sociais usam esses algoritmos para manter as crianças rolando e olhando para suas telas – de uma maneira que está criando uma crise de saúde mental entre os jovens do país.
Hochul, mãe de dois filhos adultos e avó, discutiu a legislação em vários eventos antes da notícia do acordo. “As empresas são responsáveis por isso,” disse Hochul em um evento com a Associação de Saúde Mental de New York na semana passada. “Isso é movido pelo lucro. Elas também sabem que há efeitos negativos nas crianças; não precisam ouvir o cirurgião-geral, que alertou sobre os efeitos disso há um ano.”
A lei proposta surge enquanto vários estados consideram regulamentar as empresas de redes sociais e se preparam para uma provável batalha sobre liberdade de expressão.
Fonte: New York Post