Cerca de cinco meses depois de instituída, a cobrança de pedágio na Palmetto Expressway pode estar com os dias contados. Isso porque dois legisladores da Flórida – o deputado estadual Bryan Avila e o senador estadual Manny Diaz Jr. – acreditam que a medida aumentou demais o trânsito na via expressa e não trouxe benefícios para a sociedade. Se aprovado, o projeto de lei pode entrar em vigor já em 1º de julho de 2020.
“Nossa comunidade merece soluções que facilitem o transporte e não que criem ainda mais obstáculos”, disse Avila em um comunicado. Ele e Diaz Jr. são representantes de distritos diretamente afetados pela chamada State Road 826, como Hialeah e Miami Lakes, e têm recebido de seus constituintes constantes reclamações. “Os moradores têm experimentado congestionamentos e atrasos significativos em seus deslocamentos diários”, completou o deputado.
A nova legislação acabaria com as vias expressas e com o pedágio da Palmetto Expressway e proibiria o Departamento de Transporte da Flórida de instituir novas tarifas na rodovia. “Ao ser instituída, a cobrança não levou em consideração o crescimento populacional ou o desenvolvimento econômico da área”, ressaltou Diaz, também via comunicado. Como na I-95, o preço do pedágio é variável, dependendo dos padrões de tráfego e, portanto, pode chegar por exemplo a 11 dólares, como na quarta-feira véspera de Thanksgiving.
O Senado estadual só voltará às sessões regulares em 14 de janeiro, mas os projetos de lei já estão sendo debatidos em comitês. Um dos argumentos dos críticos é que Hialeah é uma área industrial e, portanto, a Palmetto Expressway sempre tem intensa passagem de caminhões. A rodovia, com 30 milhas de extensão, desde Pinecrest até Sunny Isle Beach, é o principal pesadelo do trânsito no sul da Flórida: os legisladores lembram que, de acordo com dados de 2010, cerca de 254 mil veículos circulavam diariamente pelo trecho da Hialeah Expressway, um dos pontos mais congestionados da Palmetto. Agora, segundo especialistas, este número é pelo menos 50% maior.