A produção de bens e serviços pela comunidade hispânica nos Estados Unidos tem crescido de forma constante e essa participação ocupa o quinto lugar na economia mundial.
A notícia divulgada no Mês da Herança Hispânica nos EUA, de 15 de setembro a 15 de outubro, apresenta esses dados reveladores: 41.4% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real dos Estados Unidos, desde 2019, é gerado por esse segmento da população.
De acordo com um relatório elaborado pelo Centro para o Estudo da Saúde e Cultura Latina da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), o PIB gerado pelos latinos nos Estados Unidos disparou para um recorde de $3.7 trilhões em 2022, acima de economias como o Reino Unido. França ou Índia, superando a marca histórica de 3.2 trilhões de dólares estabelecida em 2021, soma do PIB total dos EUA.
O estudo da UCLA mostra que essa comunidade, que representa 19.2% da população dos EUA – cerca de 65 milhões de pessoas – responde por 41.4% do crescimento real do PIB (considera-se o efeito que a inflação causa nos preços).
Nos Estados Unidos, a população hispânica cresceu significativamente nas últimas décadas. Esse impulso tem sido notável em comparação com outros dados demográficos, tornando a comunidade latina uma das maiores e mais rápidas minorias do país, disse o economista Edgar Ochoa, CEO da Wave Wealth LLC, empresa especializada em análise econômica e financeira nos EUA.
Isso se reflete nas descobertas do estudo que mostram uma tendência ascendente no desempenho econômico dos latinos nos Estados Unidos, com seu PIB aumentando de $1.6 trilhão em 2010 para $2.8 trilhões em 2019, antes de ultrapassar $3 trilhões pela primeira vez em 2021, em meio à pandemia.
Em outras palavras, se os latinos que vivem nos Estados Unidos fossem um país independente, seu PIB seria a quinta maior economia do mundo. O primeiro lugar é ocupado pelos Estados Unidos, seguidos pela China, Japão e Alemanha. A Índia está em sexto lugar, acrescenta o estudo, o que inclui apenas o PIB latino para significar sua importância.