DA REDAÇÃO – A Coreia do Norte confirmou que não se sente mais obrigada a cumprir sua parte no acordo para interromper os testes nucleares e de mísseis, assinado com os Estados Unidos em junho de 2018. Segundo o líder do país, Kim Jong-Un, a decisão é fruto das sanções brutais e desumanas impostas pelos Estados Unidos. Na virada do ano, Kim já havia anunciado a retomada dos testes com armas nucleares.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Robert O’Brien, disse que esperava o cumprimento dos compromissos de desnuclearização por parte do país asiático. No entanto, Ju Yong Chol, conselheiro da missão norte-coreana na ONU em Genebra, reclamou que a Coreia do Norte interrompeu testes nucleares e de lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais “a fim de construir confiança com a América”.
O coreano não escondeu sua decepção: Os EUA permanecem inalterados em sua ambição de impedir o desenvolvimento da Coreia do Norte e de sufocar seu sistema político, não encontramos razão para ficarmos unilateralmente vinculados pelo compromisso que a outra parte deixa de honrar”, declarou Ju na Conferência sobre Desarmamento, apoiada pela ONU.