A vice-presidente Kamala Harris deu início a uma viagem para Polônia e Romênia na quarta-feira (9), para discutir com os aliados europeus um plano para fornecer aviões caças à Ucrânia. A estratégia tem exposto divergências dentro dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que avaliam um “alto risco” de uma resposta russa que levaria a uma escalada militar de proporções mundiais. A proposta partiu do presidente polonês Andrzej Duda, que se dispôs a transferir a propriedade de todos os caças MiG-29 para os EUA, que, por sua vez, os posicionaria na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, que pertence ao país americano.
O porta-voz do US Defense Department, John Kirby, já havia rejeitado a ação, dizendo que “o envio de aeronaves para a Ucrânia, provavelmente, não alterará significativamente a eficácia da Força Aérea do país em relação aos russos”. A Alemanha também se opôs à ideia dos poloneses.
Por outro lado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem pressionado a aliança militar da Otan para receber os caças. “Faz 13 dias que ouvimos promessas, há 13 dias nos disseram que seríamos reforçados em nosso ataque aéreo, que haveria planos!”, disse Zelensky a políticos britânicos esta semana.
Durante coletiva de imprensa com a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Elizabeth Truss, o Secretário de Estado Americano, Antony Blinken, rebateu a pressão do líder ucraniano afirmando que “isso não é tão simples assim”. Temos que ter certeza de que estamos fazendo isso da maneira certa”, avaliou. Em Varsóvia, Kamala Harris se encontrará com refugiados da Ucrânia, bem como diplomatas americanos que foram transferidos de Kiev para a Polônia. A ida para a Romênia deve acontecer nesta sexta-feira (11).