A American Civil Liberties Union (ACLU) anunciou na noite de sábado (28) que um juiz federal de New York embargou judicialmente em caráter de emergência uma ordem executiva do presidente Trump que baniu a entrada no país de cidadãos de sete países predominantemente muçulmanos. A decisão, que afetará a situação das pessoas que foram detidas nos aeroportos, veio em seguida a uma ação judicial impetrada pela ACLU e outros grupos em nome de dois iraquianos retidos no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em New York, por causa da ordem do presidente.
“Tomara que Trump goste de perder. Ele vai perder tanto que vamos enjoar de tanto que ele vai perder”, disse o diretor geral de política da ACLU, Faiz Shakir, ao Yahoo News, logo depois que foi anunciada a decisão da corte.
A ordem executiva de Trump, assinada na sexta-feira (27), barrava por 90 dias a entrada de pessoas de Sudão, Síria, Irã, Iraque, Líbia, Iêmen e Somália nos Estados Unidos. Por causa da medida, algumas pessoas desses países com vistos válidos e mesmo green cards foram retidas aeroportos ou retornadas para onde vieram.
A ação coletiva pedia um mandato judicial para impedir que o governo Trump barre imigrantes baseado na ordem executiva. O argumento é de que a ordem viola uma lei de 1965 que acabou com a discriminação imigratória por país de origem. De acordo com uma cópia do parecer da juíza Ann Donnelly, o mandado vai impedir que as autoridades removam indivíduos com petições de asilo aprovadas, portadores de visto válido e pessoas dos países citados que tenham sido autorizadas a entrar, contanto que haja uma audiência em corte sobre o caso. Donnelly escreveu também que a ação impetrada tem “grandes chances de ser vencedora.”
A ordem de Trump gerou protestos em vários aeroportos pelo país afora. No JFK, em New York, centenas de manifestantes cantaram “Sem banimento, sem muro, santuário para todos! (no ban, no wall, sanctuary for all!).