Em uma decisão histórica, a juíza estadual de Illinois, nos Estados Unidos, proibiu Donald Trump de figurar na cédula de votação das eleições presidenciais no estado. A medida é resultado das acusações de sua suposta participação em uma insurreição ocorrida em 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão invadiu o Capitólio, em Washington.
A decisão da juíza já tem impacto direto nas primárias republicanas, marcadas para 19 de março. A ação foi impulsionada pelos eleitores de Illinois, que argumentaram pela desqualificação de Trump com base na cláusula anti-insurreição da 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos.
O processo em Illinois segue uma linha similar a ações similares em outros estados americanos, e é provável que o desfecho final recaia sobre a Suprema Corte do país, que ouviu argumentos sobre a elegibilidade de Trump para a cédula eleitoral em 8 de fevereiro, ainda sem emitir uma decisão.
Outros estados, como Colorado e Maine, já ordenaram a retirada do nome de Trump de suas cédulas estaduais, embora ambas as decisões estejam atualmente suspensas.
Os advogados de Trump contestaram a decisão de excluí-lo das primárias estaduais, rotulando-a de “inconstitucional”, e anunciaram que irão recorrer. Ainda visto como favorito para se tornar o candidato republicano nas eleições presidenciais, Trump enfrenta agora um obstáculo significativo em sua campanha.