Uma juíza federal emitiu uma ordem bloqueando a deportação de Badar Khan Suri, pesquisador da Universidade de Georgetown, acusado pelo Department of Homeland Security (DHS) de manter ligações com o grupo militante palestino Hamas. A decisão da juíza Patricia Tolliver Giles, de Virgínia, impede que Suri seja expulso do país até que o tribunal emita uma ordem contrária.
Suri, cidadão indiano com visto de estudante, foi detido em sua residência na Virgínia por agentes federais que alegaram a revogação de seu visto. O DHS afirmou que Suri estaria disseminando propaganda do Hamas e promovendo antissemitismo nas redes sociais, além de manter “conexões próximas com um terrorista conhecido ou suspeito” ligado ao Hamas. Entretanto, seus advogados contestam essas acusações, destacando que ele não possui antecedentes criminais nem enfrenta acusações formais.
A Universidade de Georgetown declarou não estar ciente de qualquer atividade ilegal por parte de Suri e ressaltou seu compromisso com os direitos de livre expressão e debate aberto. O caso ocorre em meio a um contexto mais amplo de medidas do governo Trump visando deportar estrangeiros envolvidos em protestos pró-Palestina, levantando preocupações sobre possíveis violações de direitos civis e liberdade acadêmica.