Como parte de um acordo judicial, 32 condados da Flórida passarão a fornecer cédulas e outros materiais eleitorais em espanhol.
A medida aprovada pelo juiz distrital dos EUA, Mark Walker, na segunda-feira (1º) atende a grupos latinos que reclamaram que esses condados violaram o Voting Rights Act (Lei de Direitos de Voto) de 1965.
Com a determinação judicial, esses locais serão obrigados a fornecer formulários de solicitação de voto por correio em espanhol, ter uma linha direta para ajudar falantes de espanhol e fornecer uma tradução em espanhol do site do supervisor de eleições.
“Estamos muito satisfeitos com o que o acordo oferece”, disse Kira Romero-Craft, advogada da Latino Justice PRLDF, uma das organizações envolvidas no processo.
Pouco antes do período eleitoral de novembro do ano passado começar, a Latino Justice PRLDF e outras instituições como Hispanic Federation, Mi Familia, Vota Education Fund, UnidosUS, entre outras, processaram o Secretário de Estado da Flórida e esses 32 condados pelo que eles disseram ser uma violação do Voting Rights Act.
A legislação de mais de cinco décadas instituída pelo presidente Lyndon Johnson proibiu práticas de voto discriminatórias. Naquela época, muitos negros americanos enfrentavam obstáculos para votar que incluíam fazer um teste de alfabetização e pagar taxas de votação.
A Seção 4E da Lei garante o direito de registrar e votar para aqueles com domínio limitado da língua inglesa e aponta especificamente para os porto-riquenhos.
Segundo o texto da legislação o voto não pode ser negado àqueles “que concluíram estudo em uma escola pública, como as de Porto Rico, onde o idioma predominante na sala de aula é um idioma diferente do inglês”.
Os condados envolvidos no processo são: Alachua, Bay, Brevard, Citrus, Clay, Columbia, Duval, Escambia, Flagler, Hernando, Highlands, Indian River, Jackson, Lake, Leon, Levy, Manatee, Marion, Martin, Monroe, Okaloosa, Okeechobee, Pasco, Putnam, St. Johns, St. Lucie, Santa Rosa, Sarasota, Sumter, Taylor e Wakulla.
