O juiz federal Jon S. Tigar, U.S. District Court for the Northern District of California, bloqueou a recente medida ordenada pelo presidente Donald Trump para impedir as solicitações de refúgio aos imigrantes que cruzem ilegalmente a fronteira com o México. As informações são da Agência EFE.
O magistrado emitiu na segunda-feira (19) uma ordem de restrição temporária da regulação do refúgio que entrou em vigor imediatamente e que se estenderá pelo menos até o próximo dia 19 de dezembro, informou nesta terça-feira (20) a imprensa americana.
Para essa data o juiz convocou uma audiência para decidir se emite uma ordem judicial mais duradoura, segundo explicou a “CNN”.
No último dia 9 de novembro, Trump mandou limitar, pelo menos durante 90 dias, as opções para solicitação de refúgio na fronteira sul. Ficou proibida a concessão de refúgio para imigrantes ilegais e determinado que o pedido deve ser feito nos postos do serviço de imigração.
Segundo a proclamação presidencial, a limitação poderia ampliar-se até a assinatura de um acordo com o México que permita aos EUA deportar diretamente ao seu vizinho do sul os imigrantes que cruzam a fronteira ilegalmente.
A ordem de Trump foi muito criticada por grupos de direitos humanos, que consideraram que violava as leis de imigração americanas.
Caravana rumo aos EUA
A decisão do juiz Tiger é divulgada no momento em que milhares de centro-americanos, incluindo centenas de crianças, viajam em caravana para a fronteira dos EUA para escapar da violência nos seus países e que alguns já chegaram a cidade mexicana de Tijuana, na fronteira com o estado da Califórnia.
Nesta terça, o governador da Baja California, Francisco Vega, afirmou que nesse estado mexicano, onde fica Tiujuana, há cerca de 6 mil integrantes da caravana. Vega disse em entrevista à emissora de televisão “Milenio” que em Tijuana, no albergue instalado no ginásio Benito Juárez, estão registradas 2.526 pessoas, enquanto na cidade de Mexicali há 3.435 pessoas.
O escritório de atendimento a migrantes do governo de Baja California informou que até esta segunda-feira foram detidas 34 pessoas integrantes da caravana migrante em Tijuana por crimes contra a saúde, por assédio a mulheres e por alteração da ordem.
Os centro-americanos detidos foram enviados ao Instituto Nacional de Migração, organismo que possivelmente o deportará aos seus países de origem.