Mas, num possível prenúncio de mais problemas para Ecclestone, o juiz Guy Newey disse que o empresário de 83 anos subornou Gerhard Gribkowsky, ex-executivo do banco Bayern LB, como parte de um “acordo corrupto”.
“Os pagamentos eram um suborno. Eles foram feitos porque o sr. Ecclestone entrou em um acordo corrupto com o dr. Gribkowsky em maio de 2005, pelo qual o dr. Gribkowsky seria recompensado por facilitar a venda das ações do BLB no grupo da Fórmula 1 para um comprador aceitável para o sr. Ecclestone”, escreveu o juiz da Alta Corte na sua sentença.
A empresa alemã Constantin Medien alegava que um dos objetivos da “barganha corrupta” era subvalorizar a Fórmula 1 inteira e ajudar a venda da parte controladora para o fundo de investimentos CVC – e que, como resultado dessa subvalorização, a Constantin foi prejudicada na sua parcela legítima do negócio.
Guy Newey disse que “não era parte do propósito do sr. Ecclestone” subvalorizar a participação do BayernLB, e que por isso as alegações da Constantin não procediam.
Ecclestone deve ser julgado em abril em Munique pela acusação de pagar suborno a Gribkowsky. Ele nega qualquer irregularidade e diz que vai lutar para limpar seu nome na Alemanha.