O editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, revelou na segunda-feira (24), que foi incluído por engano em um grupo de mensagens em que o vice-presidente, JD Vance, e outras autoridades do Governo discutiam os ataques contra os Houthis do Iêmen. No mesmo dia, a Casa Branca confirmou que o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, divulgou planos de guerra em um chat criptografado do aplicativo Signal, que incluía um jornalista.
Na reportagem, Goldberg relata que, horas antes do início da ação, em 15 de março, Hegseth postou detalhes operacionais sobre o plano, incluindo os alvos, armas que seriam utilizadas e a sequência do ataque. Ele não deu detalhes sobre o conteúdo compartilhado entre os participantes, mas citou que foi inserido no grupo no dia 13 de março.
Em um comunicado, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, informou que “neste momento, a sequência de mensagens relatada parece ser autêntica, e estamos analisando como um número foi adicionado inadvertidamente ao grupo”. Segundo ele, o sucesso da operação demonstra que o caso não representou uma ameaça aos militares nem à segurança nacional, e que o grupo no aplicativo de mensagens é “uma demonstração da profunda e cuidadosa coordenação política entre altos funcionários”.
Ex-agentes do FBI que já atuaram em situações de vazamento de informações – classificaram o caso como uma “violação devastadora à segurança nacional”, e integrantes do Departamento de Defesa expressaram preocupação com o fato de Hegseth ter colocado planos de guerra do país em um grupo de chat comercial.
Com informações da Exame.
