O assessor especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, se reuniu nesta segunda-feira (27), em Brasília, com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede) e com o vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, para discutir sobre o combate ao desmatamento na Amazônia, além de outras pautas climáticas.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e a secretária-executiva do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, também participaram do encontro. Até o final da semana, Kerry deve se reunir também o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, e empresários brasileiros.
A visita ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden demonstrou interesse em colaborar com o Fundo Amazônia, durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início de fevereiro, na Casa Branca. A previsão é de um repasse de $ 50 milhões, segundo acordo divulgado por ambos países. O fundo, que tem a função de captar doações para ações na Amazônia Legal, estava suspenso desde abril de 2019 por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o maior desmatamento da Amazônia dos últimos 15 anos foi registrado durante o governo Bolsonaro (PL). Somente em 2022, foram devastados 10.573 km², área equivale a 3 mil campos de futebol por dia.
Já no governo Lula, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou um recorde de desmatamento na Amazônia Legal desde o início da série histórica, em 2015. Nas duas primeiras semanas de fevereiro, foram desmatados quase 209 km² de floresta, o que corresponde a mais de 29 mil campos de futebol.
