De 26 de julho (sexta-feira) a 11 de agosto (domingo), Lima será o centro esportivo do continente americano. A capital peruana é a sede da 18ª edição dos Jogos Pan-Americanos 2019, e tem tudo para realizar uma das mais emocionantes competições poliesportivas das Américas.
Como de hábito, a delegação dos Estados Unidos figura como favorita, embora nem sempre leve para o Pan seus atletas mais distinguidos. Nas 17 primeiras edições, os americanos venceram 15 delas. Apenas tiveram mais medalhas do que os Estados Unidos, a Argentina, em 1951, quando foi realizada a primeira edição dos Jogos em Buenos Aires, e em 1991, na 11ª edição, em Havana, onde a delegação cubana ficou à frente das demais.
Como surgiram os Jogos Pan-Americanos
Após a Olimpíada de 1932, inspirados pela realização dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, alguns membros latino-americanos do Comitê Olímpico Internacional propuseram uma espécie de “competição regional” entre as Américas, com o intuito de desenvolver o esporte na região. A ideia acabou por concretizar o I Congresso Esportivo Pan-Americano, no ano de 1940, no qual ficara definido que os primeiros Jogos Pan-Americanos seriam realizados na capital da Argentina, dois anos mais tarde. Em virtude do ataque japonês a Pearl Harbour (Havaí), em dezembro de 1941, e da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 até 1945, eles não puderam ser disputados.
Encerrados os conflitos, após a Olimpíada de 1948, um novo congresso confirmou Buenos Aires como a primeira sede dos Jogos, que se realizariam no ano de 1951. Esta edição teve sua abertura em 25 de fevereiro e contou com a participação de 2 513 atletas advindos de 21 países, que disputaram provas em dezoito esportes. A Argentina, anfitriã, conquistou 47% das medalhas de ouro. Quatro anos mais tarde foi criada a Organização Desportiva Pan-americana (ODEPA), com sede na Cidade do México. Formada por 42 países do continente.
Desde a primeira edição, o número de atletas, países participantes e modalidades disputadas quase dobrou. No Brasil, o Pan foi realizado em 1963, na cidade de São Paulo, com a presença de 1 665 esportistas de 22 países. Mais tarde, em 2007, o Pan do Rio de Janeiro abrigou 5 662 participantes de 42 países, que disputaram um total de 332 provas em 41 modalidades. Após os Jogos Pan-Americanos deste ano em Lima, a competição será disputada em Santiago do Chile em 2023.
Dez primeiros colocados em todas edições dos Jogos Pan-Americanos até agora | |||||
Ordem | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | Estados Unidos | 1964 | 1440 | 1013 | 4437 |
2 | Cuba | 875 | 593 | 561 | 2029 |
3 | Canadá | 455 | 655 | 803 | 1913 |
4 | Brasil | 328 | 359 | 520 | 1207 |
5 | Argentina | 294 | 334 | 438 | 1066 |
6 | México | 221 | 278 | 503 | 1010 |
7 | Colômbia | 109 | 148 | 226 | 483 |
8 | Venezuela | 93 | 205 | 277 | 575 |
9 | Chile | 44 | 91 | 151 | 286 |
10 | Rep. Dominicana | 29 | 63 | 115 | 207 |
Record transmite Pan
A partir de 24 de julho, todas as plataformas do grupo Record estarão focadas na cobertura dos preparativos e na transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Lima, que já ocorrem antes mesmo da cerimônia de abertura, realizada no dia 26. Uma grande operação multiplataforma foi criada para a exibição de 61 modalidades esportivas que reunirão na capital do Peru quase 7 mil atletas de 41 delegações durante os 19 dias de competição.
Na tela da emissora, serão exibidas aproximadamente 50 horas de programação esportiva. As principais competições serão transmitidas em dois períodos, à tarde e à noite. Portanto, assinantes da Record Internacional podem ver as competições ao vivo, sobretudo com a participação dos atletas brasileiros.
Cerca de 350 profissionais estão envolvidos na operação. Dentre eles, as apresentadoras do Jornal da Record e do Fala Brasil, Adriana Araújo e Carla Cecato, respectivamente; os repórteres Cleisla Garcia, Bruno Piccinato, Jean Brandão, Mauro Júnior e Rodrigo Vianna; e os narradores Lucas Pereira e Marcos Leandro; além das comentaristas especialmente contratadas para o evento, Fabíola Molina (natação), Luisa Parente (ginástica) e Virna Dias (vôlei).
Para mais informações acesse: https://recordtvamericas.com
Brasileiros estreiam nas oitavas de final da Copa Libertadores
Depois de muito tempo de espera, começou a fase decisiva da Copa Libertadores da América, edição 2019. Com exceção do Grêmio, que estreou em casa na quinta-feira (25) à noite contra o Libertad do Paraguai e não pôde ser acompanhado pelo colunista porque o jornal fecha nas quintas, os demais estrearam com pouco brilho, menos o Internacional que derrotou o Nacional do Uruguai em Montevidéu.
River Plate x Cruzeiro
Coube ao Cruzeiro o desafio de enfrentar o atual campeão do torneio. O time de Mano Menezes atuou com aquela cautela defensiva tão peculiar ao seu treinador. Compreensível. Afinal estava jogando contra um adversário de tradição e com a torcida lotando as dependências do Estádio Monumental de Nuñez em Buenos Aires para incentivar sua equipe.
O jogo foi fraco do ponto de vista técnico, no entanto, servia aos propósitos do time mineiro, que era o de pelo menos empatar na capital argentina para levar a decisão para o Mineirão. E quase conseguiu a vitória depois de Pedro Rocha aproveitar um ótimo lançamento de Thiago Neves para completar para as redes. A consulta ao árbitro de vídeo (VAR), entretanto, constatou a posição de impedimento do cruzeirense e anulou o gol. Praticamente no último lance da partida, o volante Henrique puxou a camisa de Pratto dentro da área em uma cobrança de escanteio e cometeu pênalti. Matias Suarez foi incumbido da cobrança e chutou por cima do travessão.
Agora, na terça-feira (30) recebe o River Plate no Mineirão para decidir quem passará para a próxima fase. Ambos lutam pela vitória, mas em caso de novo 0 a 0, a decisão vai para os pênaltis. Se houver empate com gols, a vaga fica com o time de Buenos Aires. Antes disto, o Cruzeiro enfrenta o Athletico Paranaense, também no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro.
Godoy Cruz x Palmeiras
Quando foi divulgado o sorteio das chaves, todos invejaram o Palmeiras. Dono da melhor campanha na Fase de Grupos da Copa Libertadores e apontado como um dos favoritos ao título, teve como adversário Godoy Cruz, uma equipe argentina de Mendoza com pouca tradição no futebol de seu país.
No entanto, quando a partida começou no Estádio Malvinas Argentinas, o que se viu foi uma pressão da equipe local que abriu o placar aos 5 minutos de jogo com Santiago Garcia. O parrudo atacante uruguaio ainda ampliou o placar para 2 a 0. Surpreendido pelos locais, o time do Palmeiras partiu para o ataque e diminuiu com Felipe Melo. O Alviverde continuou atacando e sofreu um contragolpe, no qual o zagueiro paraguaio Gustavo Gomez cometeu pênalti sobre Garcia. Ele próprio cobrou e Weverton defendeu. A partir daí, o jogo mudou. Na segunda etapa, a equipe paulista voltou com outra postura e empatou com Miguel Borja. No final, o placar de 2 a 2 acabou sendo bom para o Verdão, porque o regulamento da competição aponta que, em caso de empate em 0 a 0 ou 1 a 1, o time brasileiro se classifica.
Os dois times voltam a se enfrentar na terça-feira (30) no Allianz Parque, em São Paulo, e dificilmente o time brasileiro deixará de se classificar. Antes deste jogo, porém, o Palmeiras recebe o Vasco, também em sua casa, no sábado (27), e tentará vencer para se manter na liderança do Brasileirão.
Nacional x Internacional
Internacional de Porto Alegre foi a única equipe brasileira a vencer nesta fase. E a vitória foi em Montevidéu! Os conhecedores de futebol sul-americano têm respeito do Club Nacional de Fútbol de tantas glórias e tradição, contudo, não há como se iludir. A equipe uruguaia vive mesmo do passado. O time é fraquíssimo e teve apenas uma bola na trave direita de Marcelo Lomba como lance perigoso. O Inter, que já estava satisfeito com o empate, ainda foi premiado com o gol da vitória anotado por Guerrero, após boa jogada de Patrick e Wellington Silva.
Sinceramente, só mesmo uma atuação desastrosa pode tirar o Colorado das quartas de final da Libertadores e o jogo de quarta-feira (31) deve sacramentar a classificação. Pelo Brasileirão, o Inter recebe o Ceará também no Estádio Beira Rio.
Athletico Paranaense x Boca Juniors
Está começando a surgir uma rivalidade entre o tradicionalíssimo clube argentino e o emergente clube brasileiro. Ambos integraram o Grupo G e houve uma vitória para cada lado (3 a 0 Furacão em Curitiba e 2 a 1 para o Boca em Buenos Aires). O sorteio colocou os dois frente a frente de novo.
O jogo foi bastante disputado com alternância dos ataques. Bons chutes desferidos pelos atacantes dos dois times, ótimas defesas dos goleiros e um golaço de MacAllister deu a vantagem aos Xeneizes. O Furacão ainda teve a chance de ao menos empatar o jogo, porém, Marco Rubem desperdiçou a cobrança e agora a missão do Rubro-Negro paranaense ficou bem mais difícil, pois joga quarta-feira (31) em La Bombonera com a pressão da fanática torcida do Boca.
Emelec x Flamengo
Apontado como outro grande favorito, o Flamengo decepcionou em Guayaquil e perdeu por 2 a 0, gols de Godoy e Caicedo para o Emelec. O Mais Querido é o clube mais rico do país atualmente ao lado do Palmeiras. Não para de contratar craques, portanto, seria natural estar entre os favoritos a conquistar o título. Recentemente, repatriou Filipe Luís e Rafinha do exterior. O lateral da Seleção Brasileira ainda não estreou, mas o ex-jogador do Bayern de Munique foi improvisado como meia pelo lado direito para ajudar o lateral Rodinei na marcação aos atacantes equatorianos.
A tática do técnico português Jorge Jesus revelou-se equivocada, pois não impediu os avanços do lateral do Emelec nem contribuiu para ajudar na marcação no meio campo, missão confiada apenas a William Arão. Embora tenha mantido a posse de bola na maior parte do tempo, o Flamengo não incomodou muito o arqueiro Dreer e ainda por cima deu espaço para os ataques esporádicos do adversário que chutou apenas duas bolas ao gol, com aproveitamento de 100%. A expulsão do lateral esquerdo Vela deu vantagem numérica ao time carioca, no entanto, a lesão no tornozelo de Diego que o tirou da partida equilibrou os times, porque Jesus já havia processado as três substituições.
Na próxima quarta-feira (31), em um Maracanã lotado, o Flamengo estará na linha fina entre o céu e o inferno. Caso consiga eliminar o Emelec, terá sua garra, amor à camisa e categoria dos jogadores exaltadas. Porém, se o time se despedir da Libertação, haverá uma pressão descomunal para conquistar o Campeonato Brasileiro, única competição que lhe resta. Para piorar, Jesus não deverá contar com Diego, Vitinho, Everton Ribeiro e De Arrascaeta, todos entregues ao Departamento Médico. No domingo, no mesmo Estádio do Maracanã, enfrenta o Botafogo no clássico carioca válido pelo Brasileirão. Uma derrota no clássico pode azedar ainda mais o ambiente.
Peñarol x Fluminense
Não foi uma atuação luxuosa, mas o Fluminense jogou bem, controlou o Peñarol na maior parte do jogo e mereceu vencer por 2 a 1. Houve três fatos importantes na construção do resultado de terça-feira (23), em Montevidéu, pela Sul-Americana: 1) O time de Fernando Diniz manteve o estilo de jogo e, desta vez, foi efetivo no ataque; 2) Muriel estreou bem e trouxe mais segurança ao gol; e 3) A chave para a melhora de rendimento esteve no meio-campo, que pela primeira vez desde o fim da parada provocada pela Copa América teve a presença de Allan, Daniel e Ganso, o trio titular.
Líder do Campeonato Uruguaio, o Peñarol teve atuação fraca ofensivamente. E também não mostrou a força defensiva, como no 1 a 0 sobre o Flamengo, no Maracanã, pela Libertadores. Só ameaçou, ao final de cada um dos tempos, na base dos cruzamentos para a área. Ao aproveitar dois ótimos passes (um de Marcos Pulo e outro de Daniel), Yony González fez dois gols e determinou o fim de oito jogos sem vitória, situação que começava a trazer desconfiança sobre o trabalho de Fernando Diniz.
O Flu recebe o outrora poderoso Peñarol no Maracanã na terça-feira (30), porém, no sábado (27), no mesmo estádio enfrenta o São Paulo em duelo de tricolores. O time carioca precisa da vitória para sair do incômodo 17º lugar, no Z4.
Botafogo x Atlético Mineiro
No choque dos Alvinegros, melhor para o mineiro. O Galo bateu o Botafogo no Engenhão e poderia ter obtido uma vantagem ainda maior. Todavia, o resultado é muito bom, principalmente porque a última impressão de uma partida de ida de mata-mata que o Galo tinha deixado para o torcedor foi o 3 a 0 do Cruzeiro, no Mineirão, pela Copa do Brasil. Durante mais de uma semana, os atletas falaram que a lição havia sido aprendida. E mostraram em campo força no quesito atenção.
O Galo se mostrou concentrado durante toda a partida. Mais defensivamente que ofensivamente. Na linha de frente, Ricardo Oliveira perdeu chances incríveis. Foram do camisa 9 as principais oportunidades para o Atlético-MG marcar, sendo duas delas cara a cara com o goleiro Gatito Fernández. Uma fase melhor ou uma noite mais inspirada faria o Galo voltar com um placar mais elástico e, consequentemente, a classificação mais encaminhada.
Os adversários se enfrentam na próxima quarta-feira (31) no Estádio Independência, em Belo Horizonte, e um empate basta para o Galo se classificar e enfrentar o La Equidad, da Colômbia, na próxima fase. Pelo Brasileirão, vai a Goiânia para enfrentar o Goiás.