DA REDAÇÃO – Os Jogos Olímpicos Rio 2016 mobilizam uma estrutura inédita de segurança no país. Oitenta e cinco mil homens vão patrulhar a Vila dos Atletas, as arenas esportivas, regiões turísticas e áreas estratégicas, como aeroportos e vias expressas. Desse contingente, 47 mil homens pertencem à segurança pública, e 38 mil são das Forças Armadas. As informações são do site www.rio2016.com.
De acordo com Andrei Rodrigues, chefe da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, a estrutura de proteção é reforçada pela presença de 250 policiais de 55 países. “Entendemos que, com o reforço do policiamento, apoiado ainda pelas Forças Armadas e por membros de forças internacionais, temos total capacidade de garantir um ambiente de tranquilidade”, disse ele nesta quinta-feira (29), em entrevista coletiva no Comitê Rio 2016.
O combate ao terrorismo recebe atenção especial do programa de segurança. Dois centros de comando e controle vão funcionar 24 horas por dia, tanto em Brasília quanto no Rio de Janeiro. Ambos contarão com a presença de membros das inteligências americana, belga e francesa, entre outras.
A proteção de atletas, espectadores e funcionários também envolve uma complexa varredura de dados. Até o momento, foi feita uma análise no histórico de 400 mil pessoas, entre voluntários, jornalistas e funcionários. O procedimento, chamado de background check, encontrou irregularidades em 7.262 pessoas. Como resultado, elas tiveram suas credenciais de acesso negadas. O inédito aparato de segurança a ser colocado em prática no Brasil também será um dos principais legados deixados pelos Jogos Olímpicos. Segundo o secretário, cerca de 20 mil policiais foram capacitados através de cursos de segurança. Os Estados Unidos, por exemplo, trabalharam na habilitação de 400 homens, com 15 diferentes tipos de formação.