O Itaú Unibanco Banco mudou sua filial de New York para Miami, que agora passa a ser o eixo central da instituição bancária nos EUA.
A unidade é decisiva nos planos do maior banco da América Latina de atrair bilhões de reais de brasileiros que vivem na Flórida e buscam opções mais rentáveis e juros mais baixos no exterior.
Nesse sentido, o Itaú solicitou no início do ano passado uma nova licença de banco na Flórida e, em contrapartida, transferiu a filial de New York no intuito de ter uma atuação mais próxima dos brasileiros que vivem no Sunshine State. O banco estima-se que a renda total dos brasileiros mais ricos que vivem em Miami seja em torno de R$ 40 bilhões.
Ao longo de 2020, mesmo com o home office obrigatório por causa da pandemia, os executivos do banco se debruçaram na melhora do portfólio de produtos, e ainda no reforço da equipe – incluindo nomes locais – e de sistemas.
Nessa corrida, o maior banco da América Latina mira além dos brasileiros. No alvo, estão ainda chilenos e argentinos, diz a diretora comercial do Itaú Private Bank, Daniela Fortuna ao jornal o Estado de São Paulo. Em paralelo, também olha para a oportunidade de captar “um ou outro” cliente americano, embora em menor escala, já que por lá, ainda que seja grande, tem o desafio de ser um banco estrangeiro.
No meio do caminho, porém, o Itaú terá de lidar com concorrentes já conhecidos na disputa pelos ativos de brasileiros e latinos. O Bradesco acaba de concluir a compra do BAC, banco local na Flórida. O Banco do Brasil cogita desistir da venda da sua filial por lá, o BB Americas, após não obter uma oferta que valesse a pena, conforme antecipou o Estadão/Broadcast.