O empresário italiano Cláudio Grogoletto, condenado a prisão perpétua em 2014, pelo assassinato da mineira de Uberlândia (MG) Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, teve sua pena reduzida a 30 anos de prisão pela Corte de Apelação italiana no dia 11 de setembro. De acordo com jornais locais, a sentença foi lida após duas horas de deliberação. A defesa alegou que o empresário não estava lúcido de suas ações no momento do crime.
Grogoletto era dono da empresa Alpi Aviation do Brasil e havia sido condenado à prisão perpétua em 17 de abril de 2014. Ele foi acusado de matar a mineira, que teve o corpo encontrado no escritório da companhia, na cidade de Gambara, província de Bréscia, no Norte da Itália, no dia 29 de agosto de 2013.
Em 2014, depois de quatro horas de julgamento na Câmara do Conselho dos juízes, o tribunal anunciou a sentença por duas mortes, a de Marília e a do bebê que ela esperava. O empresário foi enquadrado pela lei 108 do código Penal Italiano e foi considerado pelo júri um “delinquente por tendência”.
O corpo da turismóloga mineira foi sepultado no dia 14 de setembro de 2013 no Cemitério Campo Bom Pastor, em Uberlândia. A vítima vivia há 14 anos no exterior, e manteve um relacionamento com Griogoletto, que era casado. A mulher estava grávida de cinco meses quando aconteceu o crime. Durante as investigações, a imprensa italiana informou que o motivo do assassinato era a gravidez, e que o réu queria eliminar o problema.
O corpo de Marília foi encontrado pelo chefe com vários ferimentos no rosto e na nuca. Ela estava caída no escritório, com um forte cheiro de gás, causado por um vazamento da caldeira. A hipótese de um acidente foi descartada já no início das investigações, após a autópsia. Segundo o exame, ela foi estrangulada.