Pelo menos 71 palestinos morreram e 200 ficaram feridos em bombardeios na Faixa de Gaza após o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, na quarta-feira, 15. Nesta quinta-feira, 16, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Hamas havia modificado os termos do acordo, o que teria gerado uma “crise de última hora”. No entanto, ele não forneceu detalhes sobre as alterações, enquanto o Hamas negou qualquer modificação e reafirmou que os termos estão sendo cumpridos.
De acordo com a Associated Press, Netanyahu anunciou que a reunião com seu Conselho de Ministros, que discutiria a aprovação do cessar-fogo, foi suspensa até que o grupo palestino recuasse de suas posições. Sem a votação, o acordo não será oficial por parte de Israel, que enfrenta resistência dentro do próprio governo, com alguns membros defendendo a continuidade da guerra. Até o momento, não há informações concretas sobre quando o gabinete israelense retomar a discussão do acordo.
O cessar-fogo, anunciado na quarta, 15, previa a liberação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza. O acordo deveria entrar em vigor no próximo domingo, 19, e representaria o primeiro alívio da guerra para a população de Gaza em mais de um ano, sendo apenas o segundo desde o início dos bombardeios israelenses há 15 meses.
Em comunicado divulgado nesta quinta, 16, Netanyahu informou que conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o presidente eleito, Donald Trump, que assumirá o cargo no próximo dia 20. Netanyahu agradeceu o apoio de ambos na libertação dos reféns e no avanço das negociações, sem mencionar especificamente o cessar-fogo.