Os irmãos George e Melvin DeJesús foram libertados da prisão em Lansing, no Michigan, depois de passar mais de duas décadas presos por um crime que não cometeram. Eles foram condenados em 1997 por estupro e assassinato, e tiveram as sentenças anuladas nesta terça-feira (22), pela juíza Martha Anderson, do tribunal do condado de Oakland. “Vinte e cinco anos de suas vidas foram tirados e não podem ser substituídos”, disse Anderson, acrescentando: “Espero que vocês encontrem algum consolo no fato de poder se juntar às suas família e começar uma vida fora dos muros da prisão.” Os dois foram considerados culpados pela morte de Margaret Midkiff, em julho de 1995, na cidade de Pontiac (MI).
Segundo a juíza, os investigadores ignoraram os álibis apresentados pelos irmãos. Além disso, o DNA de outra pessoa, Brandon Gohagen, foi encontrado na cena do crime. Inicialmente, Gohagen disse à polícia que George e Melvin não tinham nada a ver com o assassinato, de acordo com um comunicado de imprensa publicado pela Cooley Law School. Mais tarde, ele mudou a versão e disse que os dois o forçaram a cometer o estupro e espancaram a vítima até a morte. Mesmo sem indícios do DNA dos irmãos, ambos foram sentenciados à prisão perpétua. Gohagen também foi preso, mas por haver “entregado”os verdadeiros mentores, foi solto um anos após e depois voltou à prisão por ter matado e estuprado outra mulher, também em Michigan.
Por cada ano em que os irmãos DeJesús estiveram presos injustamente, eles têm direito a receberaté $50 mil dólares do governo dos EUA em indenização, de acordo com a “Lei de Compensação por Prisão Injusta” aprovada em 2016.