Os imigrantes prejudicam a economia dos EUA? Sobrecarregam o sistema de saúde pública? Retirem empregos dos americanos? A maioria dos terroristas estrangeiros entram ilegalmente nos EUA pela fronteira com o México?
Essas e outras perguntas foram respondidas por especialistas do instituto ADL –Anti-Defamation League- no guia Myths And Facts About Immigrants And Immigration, 8 Facts You Should Know (Mitos e Fatos sobre Imigrantes e Imigração, 8 Fatos que Você Precisa Saber, na tradução em português).
A publicação lançada semana passada busca combater por meio de dados a propagação de informações falsas que se instalaram no debate nacional sobre a comunidade imigrante nos EUA, segundo informou o instituto.
A ADL explica que “em uma era de desinformação e intolerância, conceitos equivocados sobre os imigrantes se espalham na política e na sociedade americana e geram ódio”.
Eles citam o massacre ocorrido em El Paso, no Texas, que completou dois anos na última terça-feira.
Em 3 de agosto de 2019, Patrick Crusius, 21, dirigiu por cerca de 10 horas de Allen, também no Texas, até El Paso, na fronteira com o México e onde mais de 80% da população tem ascendência hispânica para disparar um rifle semiautomático em uma loja do Walmart, matando 23 pessoas e ferindo outras dezenas.
“Este ataque é uma resposta à invasão hispânica do Texas. Eles são os instigadores, não eu. Estou simplesmente defendendo meu país da substituição cultural e étnica causada pela invasão”, disse o assassino em um manifesto online intitulado “A verdade inconveniente”.
Monica Bauer, diretora da ADL e uma das autoras do guia , falou em entrevista ao canal Univision que, até o momento, não há um estudo claro para saber exatamente quanta desinformação sobre a comunidade imigrante circula no país, mas as redes sociais são grandes disseminadores de fake news sobre o tema.
“Ver pessoas dizendo que imigrantes trazem doenças, que estão usando nossos recursos, todas essas ideias, vemos que é um problema sério que precisamos enfrentar com pesquisas e dados concretos”, diz a pesquisadora.
A publicação está disponível nos idiomas inglês e espanhol e pode ser baixada aqui.