A inflação voltou a subir em janeiro, alcançando 3% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo relatório divulgado pelo Departamento do Trabalho na quarta-feira, 12. O aumento foi impulsionado principalmente pela alta nos preços de alimentos, gasolina e aluguéis, afetando diretamente o custo de quem vive nos EUA. A aceleração da inflação pode levar o Federal Reserve a adiar novos cortes nas taxas de juros, frustrando expectativas do mercado.
O índice de preços ao consumidor registrou uma alta mensal de 0,5% em janeiro, o maior avanço desde agosto de 2023. Entre os itens que mais pesaram no orçamento dos consumidores, os preços dos ovos dispararam 15,2% no mês devido a surtos de gripe aviária, enquanto os custos com seguros de carros e hospedagem também tiveram aumentos expressivos. A inflação persistente tem sido um desafio para o governo e gerou preocupações sobre o impacto de novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump, que podem pressionar ainda mais os preços.
Na manhã desta quarta-feira, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, testemunhou perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara e afirmou que não há pressa em reduzir as taxas de juros diante da inflação ainda elevada.