Você provavelmente já notou que a ida ao supermercado está ficando mais cara a cada dia. Os preços dos alimentos subiram 1% entre setembro e outubro e 5.4% que há um ano. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Bureau of Labor Statistics.
Em média, os preços de alimentos, aluguéis, carros e energia elétrica subiram 6.2% nos últimos 12 meses, a maior alta desde 1990.
Entre os alimentos, a maior alta está a carne de boi, que subiu 24.9% no último ano. Ovos estão 11.6% mais caros, frango 8.8% e papinhas de bebê estão 7.9% mais caras. Segundo a entidade, os preços dos alimentos ficaram estagnados entre 2015 e 2019, mas dispararam durante a pandemia. Em 2020, a alta foi de 3.7%.
De acordo com os economistas, essa disparada nos preços se deve ao aumento nos custos de transportes, frete, falta de mão de obra, suprimentos, entre outros atrasos causados pela pandemia.
A pressão sob as cadeias de suprimentos vai permanecer ainda por alguns meses, o que pode levar o aumento de preços para 2022. Especialistas preveem que a inflação deve subir 8% na primeira metade de 2022 e deve se estabilizar em 4% na segunda metade do próximo ano.
As empresas não estão dando cupons e descontos, já que a demanda está alta.
“Nós vamos continuar a ver os índices de inflação aumentarem. Infelizmente, estamos repassando os preços ao consumidor e não vejo chances de melhoria a curto prazo”, disse o CEO da empresa que produz os biscoitos Oreo e Chips Ahoy, Van de Put.
“A inflação machuca o bolso”
O presidente Joe Biden comentou o assunto. “A inflação machuca o bolso dos americanos e mudar essa realidade é minha prioridade”, disse. Biden se encontrou com economistas nesta quarta-feira para discutir a disparada nos preços. “Os preços ao consumidor continuam altos demais”, comentou. “A economia está se recuperando, mas o povo americano está sofrendo com os altos preços do galão de gasolina, do pão e isso me preocupa. Ainda enfrentamos desafios que temos de encarar de frente.”