O Brasil foi representado pela ativista indígena Txai Suruí, de 24 anos, na Conferência da Cúpula do Clima (COP26), que está sendo realizada na Escócia. A jovem falou sobre a importância de se tomar medidas agora e não em 2030, 2050 para mudar o cenário atual de devastação do meio ambiente e tragédias climáticas.
“Meu pai, o grande cacique Almir Suruí, me ensinou que devemos ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores. Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando, ela nos diz que não temos mais tempo”, disse.
A jovem cobrou a participação dos povos indígenas nas decisões que envolvem medidas de combate às mudanças climáticas, afirmando que eles estão na linha de frente e possuem ideias que também devem ser consideradas.
“Vamos frear as emissões de promessas mentirosas e irresponsáveis, vamos acabar com a poluição de promessas vazias e vamos lutar por um futuro e presente habitáveis”, defende.
Txai foi a única brasileira a discursar na abertura oficial da conferência, que acontece até o dia 12 de novembro em Glasgow, cidade da Escócia.
O presidente Jair Bolsonaro não foi ao evento e enviou um vídeo com discurso curto falando sobre medidas adotadas pelo Brasil para a proteção do clima e meio ambiente. O Brasil também se comprometeu a reduzir a emissão de gases poluentes até 2030.
Biden na COP26
O presidente Joe Biden discursou no primeiro dia da conferência. Ele afirmou que o seu País vai cortar emissões de gases que contribuem para o efeito estufa em uma gigatonelada até 2030 —ou seja, um bilhão de toneladas
“Há uma oportunidade incrível para todos nós. É um momento de inflexão na história do mundo. Podemos criar um futuro limpo e bons empregos e oportunidades no mundo. Podemos aumentar o padrão de vida no mundo. É uma demanda moral e econômica”, disse ele. (Com informações do G1)