Diante do caos vivido na Índia devido à segunda onda de covid-19, a comunidade internacional resolveu se mobilizar para ajudar. O primeiro carregamento de ajuda médica, com 100 respiradores e 95 concentradores de oxigênio foram enviados pelo Reino Unido esta semana. Estados Unidos, França, Alemanha, Canadá e outros países também anunciaram ajuda.
A país asiático bateu nesta quarta-feira (28) um novo recorde mundial de novos casos de covid-19 e também ultrapassou as 200 mil mortes causadas pelo vírus. Foi o 4º país a superar a marca, após Estados Unidos, Brasil e México.
Foram 3.293 óbitos nas últimas 24 horas, um novo recorde diário. Pelo 3º dia seguido a Índia foi a nação com mais vítimas da Covid-19 no mundo, à frente inclusive do Brasil, que nas últimas 24 horas registrou mais 3.120 mortes e ultrapassou os 395 mil óbitos.
Segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, a Índia também registrou 360.927 novos infectados, um novo recorde mundial casos confirmados em 24 horas.
A situação é crítica nos hospitais e crematórios do país, com falta de leitos, de remédios e de oxigênio para os doentes. Funerais em massa são feitos para dar conta do volume de corpos.
Variante indiana
A variante suspeita de ser a responsável pela segunda onda de casos na Índia, que mergulhou o país em uma grande crise sanitária, já foi detectada em pelo menos 17 países, anunciou na terça-feira (27) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ela foi detectada em mais de 1,2 mil sequências de genoma em pelo menos 17 países, como Reino Unido, Estados Unidos e Singapura. Bélgica, Suíça, Grécia e Itália também anunciaram ter registrado a nova cepa nos últimos dias.
A variante indiana B.1.617 ainda provoca muitas perguntas. A OMS diz não saber se o maior índice de mortes no país se deve ao fato de a cepa ser mais agressiva, à situação do sistema de saúde indiano, com a explosão no número de casos, ou a ambos. (Com informações do G1)