Dezenas de milhares de viajantes enfrentaram caos e cancelamentos nesta sexta-feira (21), depois que um incêndio em uma subestação elétrica causou um grande apagão no Aeroporto de Heathrow, em Londres. O aeroporto permanecerá fechado até a meia-noite, mas as interrupções devem durar até o fim de semana e impactar voos internacionais por dias. O incidente levanta dúvidas sobre a vulnerabilidade da infraestrutura do maior aeroporto britânico, que parece depender de uma única subestação para manter as operações. O secretário de Energia do Reino Unido, Ed Miliband, afirmou inicialmente que não havia indícios de sabotagem, mas a Scotland Yard colocou especialistas em contraterrorismo para liderar a investigação, dado o impacto na infraestrutura nacional.
O incêndio ocorreu na subestação de North Hyde na noite de quinta-feira (20), e o fornecimento de energia foi cortado para aproximadamente 4.900 clientes, incluindo Heathrow, que perdeu até mesmo um gerador reserva. Companhias aéreas foram forçadas a desviar voos para outros aeroportos no Reino Unido e na Europa. A British Airways foi a mais afetada, com cerca de 340 pousos previstos para sexta-feira, muitos dos quais tiveram que ser remarcados ou cancelados. Passageiros foram aconselhados a não se dirigir ao aeroporto “sob nenhuma circunstância” até a reabertura.
Imagens do aeroporto mostraram terminais vazios, balcões de check-in sem funcionários, telas de informação apagadas e escadas rolantes paradas. Normalmente movimentado, Heathrow registrou 83,9 milhões de passageiros no ano passado e opera conexões com mais de 230 destinos em 90 países. A paralisação deve afetar até 300 mil passageiros e causar efeito cascata no transporte aéreo global, com atrasos e remarcações que podem se estender por dias, interrompendo o fluxo de viagens internacionais.
