No início da semana a Rússia afirmou ter iniciado a retirada das tropas posicionadas em partes da fronteira com a Ucrânia, em resposta às acusações feitas pelos EUA de que eles estavam prestes a invadir o país vizinho. Apesar da presença de mais de cem mil soldados russos, Moscou negou a intenção de atacar o território ucraniano. Entretanto, imagens de satélite feitas pela empresa de tecnologia espacial americana Maxar mostram que não houve redução no contigente de militares de Vladimir Putin na divisa entre os países. Além dos soldados, as imagens capturaram uma estrutura que seria um hospital de campanha, e uma ponte flutuante sobre o rio Pripyat, em Belarus, que poderia ser usada para atravessar veículos de combate. Putin justificou que trata-se apenas de um treinamento usual que já estava programado e deve durar até 20 de fevereiro. “À medida que as ações de exercício de combate chegam ao fim, as tropas, como é sempre o caso, conduzirão marchas combinadas para suas guarnições permanentes”, anunciou o porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov.
Em Washington, Biden e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se mantêm em alerta e querem provas da suposta retirada das tropas de Putin. O democrata falou que irá insistir no caminho da diplomacia, mas demonstrou ceticismo em relação às intenções expressas por Moscou. “Que fique bem claro: se a Rússia cometer uma violação ao invadir a Ucrânia, as nações responsáveis em todo o mundo não hesitarão em reagir”, disse Biden.