No Brasil, a quantidade de imagens de abuso e exploração sexual infantil encontradas na internet cresceu 70% no primeiro quadrimestre deste ano, na comparação com 2022, sendo a maior alta desde 2020. A informação é da organização não governamental SaferNet, que recebeu quase 24 mil denúncias no período, remetidas para apuração ao Ministério Público Federal, com o qual mantém convênio. Nos primeiros quatro meses de 2022, cerca de 14 mil casos foram encaminhados às autoridades; naquele ano, o total foi de mais de 100 mil denúncias.
Por entender que as imagens de abuso contra menores de idade são, na realidade, o registro de uma violência que se consumou, a SaferNet recomenda que caia em desuso o termo “pornografia infantil”. Por essa razão, o que a organização adota é a expressão “imagens de abuso e exploração infantil”. A Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) já realizou campanha apoiando a derrubada da nomenclatura.
A central existe desde 2006 e, dois anos depois, já atingia cerca de 290 mil denúncias, marca recorde, o que demonstra a necessidade de se encarar com seriedade esse tipo de crime. Outro dado importante que indica a vulnerabilidade de crianças e adolescentes em relação a tais práticas é o aumento de 102,24% em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19.
Para denunciar casos de exploração sexual infantil, acesse o site do Central de Denúncias da SaferNet https://new.safernet.org.br/denuncie.