A imigração dos Estados Unidos removeu todos os migrantes detidos em Guantánamo e os transferiu para outro centro de detenção em Louisiana, apenas semanas após o envio de um primeiro grupo para a base militar em Cuba. A mudança ocorre no momento em que um juiz federal se prepara para ouvir um caso sobre a legalidade da transferência de migrantes para Guantánamo, ação que gerou controvérsias entre grupos de direitos humanos.
O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, havia dado início à ampliação de uma instalação para acomodar até 30.000 migrantes em Guantánamo, com a justificativa de manter imigrantes considerados perigosos ou riscos à segurança nacional. No entanto, apenas algumas centenas de migrantes foram transferidos até agora. A instalação, conhecida como Guantanamo Migrant Operations Center, foi usada por administrações anteriores, mas a ampliação e o uso contínuo têm gerado críticas.
Em uma atualização fornecida à BBC, um oficial de defesa confirmou que, até 13 de março, não havia migrantes indocumentados detidos em Guantánamo. A recente transferência de migrantes para Louisiana envolve 40 pessoas, que foram levadas para um centro de processamento da ICE, em Alexandria. A transição ocorre enquanto organizações de direitos civis questionam a legalidade da detenção em Guantánamo, por meio de uma ação judicial que inclui a ACLU (American Civil Liberties Union), organização sem fins lucrativos.