O US Immigration and Customs Enforcement (ICE) prendeu 32 mil imigrantes indocumentados desde a posse do presidente Donald Trump no dia 20 de janeiro. Números do governo apontam que, desse total, 14 mil tinham condenações por crimes diversos, 9.800 tinham “pendências judiciais”, 1.155 eram membros de gangues e 44 cometeram crimes em seus países e estavam foragidos nos EUA.
Os 8.718 restantes “tinham algum tipo de violação imigratória”, o que quer dizer que eles podem ter ultrapassado o tempo de visto ou entrado pela fronteira ilegalmente. “O conceito de crime está cada vez mais abrangente no governo Trump. É difícil saber o que eles caracterizam como crime. O que temos observado é que trabalhadores, pais de família, meu vizinho, seu vizinho, estão sendo presos e deportados”, afirma a diretora do Florida Immigrant Coalition – FLIC -, a brasileira Renata Bozzetto em entrevista ao podcast do AcheiUSA.
O ICE trata esses casos, de pessoas presas mesmo não tendo cometido nenhum crime, como efeito “colateral”, por estarem em algum lugar onde uma operação está sendo realizada e acaba sendo preso.
“Nós acabamos com as políticas de prender e soltar e o ICE está de volta com força total. Nossa missão é prender indivíduos que violam a legislação imigratória. Eu e a secretária Noem, do Homeland Security, estamos mudando a cultura do ICE”, afirma o diretor da agência Todd Lyons.
Segundo informações da ABC, as prisões da imigração estão lotadas, com cerca de 47 mil dormitórios ocupados. O governo está pressionando o Congresso para destinar mais verbas para a imigração. (Com informações da ABC e do ICE)