O U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) investiu mais de $1.2 milhão em tecnologia para vasculhar os celulares de imigrantes indocumentados apreendidos na fronteira dos EUA com o México e em aeroportos. Vale lembrar que na fronteira (o que inclui aeroportos) os agentes federais têm permissão para revirar aparelhos celulares em busca de informações que possam incriminar o imigrante que quer entrar nos EUA.
O último contrato, assinado na semana passada com a empresa Grayshift baseada em Atlanta (GA), foi no valor de $820 mil permite que os agentes tenham acesso a todas as senhas de Iphones e computadores da Apple. O primeiro contrato no valor de $384 mil foi assinado no fim do ano passado.
No final de abril, a American Civil Liberties Union (ACLU) e a Electronic Frontier Foundation (EFF) anunciaram que entraram com uma ação judicial contra o governo dos EUA que envolve a busca nos aparelhos telefônicos das pessoas na fronteira sem ordem judicial. A ACLU alegou que, aparentemente, a U.S. Customs and Border Protection (CBP) e o ICE “estão atuando com autoridade quase ilimitada na busca e apreensão dos aparelhos telefônicos das pessoas na fronteira”.
Ambos os órgãos deram a si mesmos poderes para vasculhar os aparelhos para investigar qualquer delito, em desacordo das leis de proteção aos consumidores, alertou a ACLU. Tanto os agentes do ICE e CBP vasculham os telefones das pessoas detidas na fronteira e em aeroportos, denunciaram a ACLU e EFF. A missão do ICE é mais ampla que a da CBP, pois ultrapassa imigração e investiga crimes como, por exemplo, a exploração de menores.
Além disso, o ICE também tem permissão de vasculhar o aparelho de qualquer pessoa associada a uma investigação. Isso pode incluir jornalistas e seus contatos, investidores com uma gama vasta de parceiros. Em virtude disso, alguns críticos alegam que tais limites também deveriam ser aplicados na fronteira, algo que o governo atual discorda. (Com informações da Forbes)