Imigrantes indocumentados que são considerados ameaças à segurança nacional, à segurança pública, que cometeram crimes graves (aggravated felonies) e que chegaram recentemente à fronteira são prioridades do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) para deportação.
O memorando foi enviado a todos os funcionários da agência federal pelo diretor do ICE, Tae Johnson, no último dia 18, com as especificações sobre os casos de deportação.
O memorando especifica terroristas, membros de gangues e de organizações criminosas como ameaças à segurança nacional. Criminosos que cometerem crimes graves (aggravated felonies) como estupro, assassinato, entre outros, estão na lista. Vale lembrar que constituem aggravated felonies o não comparecimento ao tribunal de imigração para audiência e também fraude em imposto de renda.
Para ativistas de imigração, o documento representa um avanço quando comparado ao governo anterior, mas que ainda dá muito poder aos agentes do ICE.
“O memorando é um retrocesso em relação aos compromissos do governo Biden de romper totalmente com as políticas de deportação nocivas das presidências de Trump e Obama”, disse em um comunicado Naureen Shah, membro da American Civil Liberties Union . “Embora a administração Biden reconheça corretamente que os imigrantes são seres humanos, nossos colegas de trabalho e nossos vizinhos, por enquanto ele optou por continuar dando aos oficiais do ICE liberdade significativa para conduzir operações que prejudicam nossas comunidades e separam famílias”, critica a ativista.
Jennifer Minear, presidente da Associação Americana de Advogados de Imigração, afirma que o ICE segue ativo. “Este memorando não bloqueia a aplicação de leis da imigração e deixa muito claro que ninguém está completamente fora dos limites de apreensão, detenção ou remoção,” lembra Jennifer.
Veja aqui o memorando.