No segundo domingo (10) de março, está previsto que os relógios avancem uma hora nos Estados Unidos e em muitos outros países, marcando o início do horário de verão. Essa mudança, que ocorre às 2h da manhã, significa que as pessoas perderão uma hora de sono. O horário de verão permanecerá em vigor por cerca de oito meses, até o primeiro domingo de novembro, quando os relógios serão atrasados uma hora em relação ao horário padrão.
A mudança de horário leva a manhãs mais escuras e a uma hora extra de sol à noite — como preferem os legisladores da Flórida. Em 2018, o Sunshine State se tornou o primeiro estado a adotar permanentemente o horário de verão. Desde então, mais 18 estados aprovaram a sua própria legislação, de acordo com a Conferência Nacional dos Legislativos Estaduais, mas nenhuma dessas leis entrou em vigor pois cabe ao Congresso dos EUA aprovar a mudança.
A lei federal permite que os governos estaduais e locais solicitem ao Secretário de Transportes dos EUA que permaneça no horário padrão permanentemente. Mas se quiserem abandonar a mudança de horário semestral, o Congresso precisa aprovar um novo projeto de lei. Apesar das tentativas dos legisladores da Flórida, especialmente do senador Marco Rubio e do deputado Vern Buchanan, todos os esforços federais para implementar o horário de verão em tempo integral fracassaram.
Estudos recentes destacam os impactos negativos e positivos da mudança de horário, levantando questões sobre sua eficácia e seus efeitos na saúde e na segurança pública. Pesquisas realizadas ao longo das últimas décadas mostraram que a mudança de horário pode perturbar os ritmos corporais naturais, alimentando o debate sobre a validade do horário de verão. Argumentos a favor e contra não faltam, com estudos apontando desde um aumento nos acidentes de carro devido à perda de sono até uma redução nos roubos devido ao aumento da luz do dia. Além disso, há preocupações com a saúde mental e a economia, embora os benefícios de economia de energia sejam também questionáveis.
O horário de verão existe há mais de um século nos EUA. Tudo começou durante a Primeira Guerra Mundial para economizar nos custos de energia, transferindo uma hora de luz natural do início da manhã para a noite. No entanto, após a guerra, houve um retorno ao horário padrão, refletindo as preferências públicas.
*com informações da CNN