O júri no julgamento de Timothy Jones Jr. decidiu por unanimidade que ele deve ser condenado à pena de morte por ter matado seus cinco filhos em 2014 na Carolina do Sul.
Jones Jr., de 37 anos, foi condenado à morte porque a decisão do júri foi unânime, após menos de duas horas de deliberação. Caso apenas um dos jurados tivesse discordado, ele receberia uma pena de prisão perpétua sem direito a condicional, como pedia sua defesa.
Em seu pronunciamento final, o advogado de defesa pediu que ele fosse poupado, se não por si, por sua família, que já sofreu com tantas mortes. Quando a sentença foi lida, o pai de Jones Jr. segurou a cabeça com as mãos, enquanto outros parentes choravam.
Jones Jr. é a segunda pessoa a ser condenada à morte na Carolina do Sul nos últimos cinco anos. O estado não executa nenhum prisioneiro desde 2011 e atualmente não possui as drogas necessárias para aplicar uma injeção letal.
Na véspera, sua ex-mulher e mãe das crianças – que tinham entre 1 e 8 anos – Amber Kyzer, tinha pedido que ele não recebesse esse tipo de pena porque “os meninos o amavam”.
“Eu sei o que meus filhos passaram e tiveram que suportar. Como mãe, se eu pudesse arrebentar a cara dele, eu faria”, disse Amber, que acrescentou ao júri que, durante grande parte de sua vida, foi contrária à pena de morte. “Meus filhos o amavam e se eu estiver falando em nome dos meus filhos, não de mim mesma, é o que devo dizer.”
O crime
O condenado admitiu que obrigou o filho Nathan, de seis anos, a fazer exercícios até desmaiar e morrer depois que ele quebrou uma tomada, e algumas horas depois decidiu matar as outras quatro crianças.
Segundo o promotor, depois de matar Nathan, ele chegou a sair de casa para comprar cigarros e levou junto a filha mais velha, Merah, de oito anos, para que ela não pudesse chamar a polícia, deixando os filhos mais novos com o corpo do irmão.
Ao voltar, ele estrangulou Merah e Elias, de sete anos, com as próprias mãos, e Gabriel, de dois, e Abigail, de um, com a ajuda de um cinto.
Durante nove dias Jones Jr. dirigiu com os corpos dos filhos dentro de sacos de lixo em seu carro, até que os dispensou em um acostamento no estado de Alabama. Ele foi preso horas depois, quando um policial de trânsito no condado de Smith, no Mississippi, sentiu um forte cheiro de decomposição ao parar o veículo para uma inspeção de rotina de documentos.
No julgamento, seus advogados alegaram que ele sofria de uma esquizofrenia não diagnosticada, agravada pelo uso de álcool e drogas, e que ficou transtornado depois que sua esposa o deixou. Ela alega tê-lo deixado porque ele se tornou fanático religioso. A guarda das crianças ficou com o pai porque ele ganhava mais dinheiro que ela, que via os filhos uma vez por semana. (Com informações do G1 e CNN)