DA REDAÇÃO (com SunSentinel) – O brasileiro Wilson Ramos Vieira, de 41 anos, morador de Pompano Beach, foi preso no dia 9 de setembro acusado de forjar um acidente de carro em 2011 para receber $16 mil da seguradora de seu carro. Wilson Vieira ficou um dia preso e agora aguarda em liberdade para ser ouvido pelo juiz.
Vieira ligou para a redação do AcheiUSA e negou que tenha qualquer tipo de envolvimento com o crime e que foi preso injustamente. “Sou tão vítima quanto o Estado. Nunca recebi nada de nenhuma seguradora. Eu estava no lugar errado na hora errada”, se defendeu.
De acordo com Departamento de Finanças da Flórida e informações publicadas no SunSentinel, Vieira e outros três comparsas estavam envolvidos no crime de simular que houve um acidente. O nome dos outros ainda não foi divulgado e eles devem ser presos nos próximos dias.
Uma testemunha disse que em 25 de outubro de 2011, Vieira e os outros cúmplices se encontraram no estacionamento do supermercado Latino’s localizado na Hillsboro esquina com a MIlitary Trail em Deerfield Beach para planejar o acidente. O motorista, segundo a testemunha, foi orientado a seguir no sentido norte da Military Trail e usar a seta para orientar outro motorista envolvido a dar ré no carro e causar a colisão.
Wilson Vieira estava no carro como passageiro e foi levado com pequenos ferimentos para uma clínica em Boca Raton, de acordo com informações contidas na ocorrência policial. A acusação afirma que ele pediu $16.879 à seguradora, alegando que tinha sofrido ferimentos em função do acidente.
O outro lado
Vieira nega veemente as acusações e conta sua versão. “Eu nem carro tenho. O que eu fiz foi pedir uma carona para ir ao shopping em Boca Raton, a pessoa que ia me levar me deixou no mal do Latino’s e outra pessoa ficou de me dar a carona. Eu entrei no carro e teve o acidente. Sou inocente, não recebi nada e nunca participei de nada”.
Em 2013, cerca de 100 pessoas foram presas no sul da Flórida por forjarem acidentes de carro para receberem dinheiro das seguradoras.
Para desvendarem o crime, investigadores disfarçados viram suspeitos usarem marretas para danificarem o carro e dizerem que sofreram acidentes. A polícia calcula que em três anos mais de $20 milhões foram obtidos de forma fraudulenta na Flórida por meio do golpe do seguro.