DA REDAÇÃO – O Departament of Homeland Security anunciou na quarta-feira (28) a implantação de uma triagem mais rigorosa em aeroportos estrangeiros que operam voos aos Estados Unidos, a fim de eliminar possíveis ataques de terroristas com bombas. As informações são da Reuters.
O secretário do DHS, John F. Kelly, argumentou que uma triagem mais rigorosa nos aeroportos em todo o mundo pode melhorar a segurança sem a necessidade de expandir a proibição atual de laptop em cabines, que atualmente se aplica a 10 aeroportos estrangeiros em oito países, incluindo Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Turquia.
A decisão de não impor novas restrições a computadores é um estímulo para as companhias aéreas norte-americanas e europeias, que estavam preocupadas com uma possível expansão da proibição para a Europa e outras localidades, algo que poderia causar problemas logísticos significativos e desencorajar algumas viagens.
Em vez disso, serão colocados mais cães farejadores e a triagem eletrônica será mais rígida, bem como outras medidas de segurança que não serão visíveis aos passageiros.
As companhias aéreas que concordarem com as novas diretivas terão permissão para voar para os EUA sem restrições, segundo as autoridades, mas aquelas que não conseguirem cumprir as novas diretrizes podem ter a medida dos laptops incluída, e até mesmo perder privilégio de voos para os EUA.
Autoridades de segurança interna esperam adesão de mais de 99% das companhias aéreas ao novo plano – o que pode acabar com a controvertida proibição de eletrônicos.
Ao todo, são 280 aeroportos internacionais de 105 países que operam voos diretos para os EUA em uma média de 2 mil voos diários, totalizando cerca de 325 mil passageiros.
As autoridades americanas exigem triagem aprimorada de dispositivos eletrônicos pessoais, passageiros e detecção de explosivos envolvendo cerca de dois mil voos comerciais que chegam diariamente aos EUA.
As companhias aéreas têm 21 dias para implementar a triagem aprimorada para detecção de explosivos e 120 dias para cumprir outras medidas de segurança, incluindo rastreio aprimorado dos passageiros.
Para o departamento, antes de proibir uma coisa específica em voos, como os laptops, a nova abordagem busca intensificar o ambiente de segurança geral. Segundo Kelly, o objetivo não é apenas detectar ameaças potenciais nos objetos dos passageiros, mas também identificar os próprios viajantes suspeitos, no que ele chamou de “insider threats” – terroristas que buscam recrutar passageiros e tripulantes para alguma ação terrorista.
As companhias aéreas defendem uma abordagem mais focada em avaliações de risco em cada aeroporto, em vez de um conjunto mundial de procedimentos, mas funcionários do departamento querem estabelecer um novo padrão internacional.