As midterm elections ou eleições de meio mandato acontecem nesta terça-feira (6) e podem mudar o rumo da política dos Estados Unidos. Isso porque os eleitores irão definir uma nova Câmara, um terço do Senado e mais de 75% de seus governadores. Além de commissioners (vereadores) nas cidades.
Na Flórida, a disputa está acirrada entre Ron DeSantis (R) e Andrew Gillum (D). Para o Senado, Rick Scott (R) disputa a vaga com Bill Nelson (D). Os eleitores chegaram cedo aos locais de votação. As urnas ficam abertas até às 7 da noite. Milhares de pessoas votaram antes do dia, mas grande parte prefere comparecer no dia das eleições. “Eu gosto da tradição, gosto de estar aqui com meus vizinhos, de me sentir patriota e por cumprir meu deve como cidadã”, disse ao jornal Sunsentinel, Sharon Defronzo, que chegou cedo para votar antes de ir para o trabalho.
Cerca de 5.1 milhões de floridianos já votaram por e-mail ou em locais de early voting, a maior procura na história das eleições de meio mandato. “Eu não confio no sistema de voto pelo Correio. Prefiro comparecer pessoalmente”, disse outro eleitor em Plantation.
Vale lembrar que duas brasileiras estão disputando as eleições para commissioner no Sul da Flórida. Para o Pompano Beach City District 5, a curitibana e corretora de imóveis Luciene Gomes, de 53 anos, é a candidata. Para o cargo de Commissioner Seat 3 na cidade de Margate, pelos Democratas concorre a advogada de imigração Renata Castro, de 35 anos, muito conhecida da comunidade brasileira por seu trabalho junto à população imigrante.
Para votar é necessário ser cidadão americano.
Emendas
Os eleitores também terão de dizer sim ou não para emendas, que influenciam a vida da comunidade. No condado de Broward a principal emenda que está em jogo é sobre a inclusão de um centavo em impostos para financiar a área de transportes e infraestrutura. Em Palm Beach, os eleitores vão decidir sobre o aumento de imposto para escolas para aumentar o salário de professores e financiamento de projetos extraclasse, como aulas de música, dança e artes para os alunos.
Nacionalmente, os eleitores vão decidir se ex-presidiários terão direito de votar, fim da corrida de cachorros, entre outras.
Câmara
A principal mudança possível é que os Democratas obtenham a maioria dos deputados, segundo análises distrito a distrito do Cook Political Report, do Wason Center for Public Policy e do Sabato’s Crystal Ball, da Universidade da Virgínia. O modelo estatístico do site FiveThirtyEight atribui 6 chances em 7 (85%) à maioria democrata. No modelo do CrossTab, elas são um pouco menores, 4 em 5 (79%).
Senado
O Senado possivelmente permanecerá com maioria Republicana. Das 35 cadeiras em jogo, apenas nove pertencem a republicanos. E das 26 ocupadas atualmente por senadores democratas, 9 representam estados vencidos por Trump em 2016.
