A Universidade de Harvard, em Massachusetts, é uma das mais prestigiadas do mundo e decidiu excluir dez alunos já matriculados por comentários preconceituosos nas redes sociais. O caso foi revelado pelo jornal The Harvard Crimson, especializado em assuntos da universidade.
De acordo com o jornal, os estudantes fariam parte de um grupo do Facebook com cerca de 100 membros criado depois que a universidade começou a comunicar os concorrentes sobre as aprovações. Esses alunos teriam se reunido a partir de um outro grupo do Facebook, oficial, administrado pela própria universidade, onde interagem os alunos da “classe 2021” – ou seja: os que entrarão em Harvard no próximo verão.
Nesse novo grupo, que em determinado momento teria sido intitulado “Memes de Harvard para adolescentes burgueses”, eles trocavam mensagens de incentivo ao estupro e ironizavam minorias, como os latinos, imigrantes, negros e judeus. O The Harvard Crimson diz que teve acesso a reproduções dessas conversas, que também chegaram ao comitê de aprovação da universidade.
Em e-mail ao jornal, a porta-voz de Harvard, Rachael Dane, disse que a universidade não comenta publicamente sobre a aprovação ou não de alunos. Mas o Crimson conta que a universidade chegou a alertar os estudantes em abril para que retirassem as postagens.
No grupo oficial no Facebook, há um alerta da faculdade no qual ela lembra que pode revogar a admissão em diversas condições, incluindo se o aluno se engajar em situações que coloquem em dúvida sua honestidade, maturidade ou caráter. Teria sido esse o caso com os 10 alunos em questão.
A Universidade de Harvard recebeu cerca de 40 mil pedidos de interessados em fazer parte da classe 2021, aceitando 2.056 deles (uma taxa de 5,2% de aceitação, apenas). Desses alunos, cerca de 84% se matricularam, numa taxa recorde na história recente de universidade. (Com informações do UOL).