A polícia do Haiti prendeu 15 colombianos e dois moradores do sul da Flórida nesta quinta-feira (8) por suposto envolvimento no assassinato do presidente Jovenel Moïse, morto a tiros na última quarta-feira (7) em sua residência privada em Porto Príncipe.
A primeira-dama Martine Joseph Moïse também foi baleada durante o atentado e, posteriormente, transferida para um hospital em Miami, FL, onde se encontra em estado crítico.
Os dois residentes da Flórida foram identificados como James Solages, de 35 anos, morador de Fort Lauderdale, e Joseph Vincent, 55, de Miami, ambos nascidos no Haiti com cidadania americana.
Registros estaduais mostram que James Solages foi presidente da organização sem fins lucrativos FWA SA A JACMEL AVAN, INC., em North Lauderdale, que atuava em prol da população carente de Jacmel, uma cidade portuária na costa sul do país caribenho.
Solages afirmou que estava no Haiti há um mês, e Vincent contou que estava há seis meses.
Autoridades americanas disseram estar cientes das acusações contra os cidadãos americanos, mas não podem comentar as acusações por questões de privacidade.
Ao todo, 28 suspeitos integram o grupo que matou o presidente, sendo 26 colombianos e os dois haitianos-americanos, segundo informou o chefe da polícia, Leon Charles.
Charles disse que além dos 15 colombianos capturados, outros três foram mortos em troca de tiros com as forças de segurança e oito estão foragidos.
“Eles vieram ao nosso país para matar nosso presidente”, disse o primeiro-ministro Mathias Pierre, durante um pronunciamento nesta quinta-feira (8).
O presidente Jovenel Moïse, de 53 anos, levou 12 tiros durante o atentado. Ainda não está claro quem planejou o ataque nem sua motivação.