Estados Unidos Geral

Grupo separatista propõe saída da Califórnia dos Estados Unidos

Proposta, apelidada de 'Calexit', recebeu sinal verde do departamento de Estado da Califórnia para recolher as assinaturas necessárias para pedir um referendo pela separação

Uma proposta de separação dos Estados Unidos foi apresentada esta semana à secretaria de Estado da Califórnia, informou a Fox News.

A proposta, apelidada de ‘Calexit’, consultaria a população do estado a respeito da parte da Constituição estadual que declara a Califórnia como parta inseparável dos Estados Unidos.

Uma pesquisa recente sugere que um em cada três residentes da Califórnia apoiaria uma proposta de separação dos Estados Unidos, devido à oposição ao presidente Trump. Mas não há menção alguma ao presidente na proposta.

Se o projeto for aprovado para votação e endossado pelos eleitores, pode representar um passo na direção de um referendo popular sobre a saída da Califórnia dos Estados Unidos da América.

O secretário californiano de Estado, Alex Padilla, disse que o grupo que está por trás da proposta, o Yes California Independence Campaign, foi autorizado a recolher as 600 mil assinaturas de eleitores necessárias para colocar a proposta nas cédulas eleitorais.

O jornal Los Angeles Times publicou que os defensores da proposta disseram que a Califórnia não comunga das mesma ideias culturais do restante da América. Tentativas anteriores de transformar a Califórnia em uma nação independente, entretanto, falharam.

A proposta tem caráter de emenda constitucional e foi batizada de California Nationhood. A ideia é pedir aos leitores que rejeitem o texto que determina a Constituição americana como lei suprema no estado. Se aprovada, o eleitorado será consultado em 2019 para decidir se a Califórnia deve tornar-se um “país livre, soberano e independente”.

“A América já odeia a Califórnia, e o voto dos americanos é emocional”, disse Marcus Evans, vice-presidente da Yes California, ao Los Angeles Times. “Acho que teríamos hoje os votos necessários se fosse possível.”

A campanha precisa conseguir as assinaturas até o dia 25 de julho para poder incluir a proposta na próxima cédula de votação.

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