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Grandes cidades dizem que continuarão a proteger imigrantes irregulares

Trump ameaça cortar repasse de verbas federais para cidades-santuários, como New York, Chicago, Los Angeles, Seattle, Washington e San Francisco; prefeitos dizem que não mudarão tratamento dado aos imigrantes  

O presidente eleito Donald Trump prometeu cortar logo no seu primeiro dia de governo o repasse de recursos federais para as chamadas ‘cidades-santuário’ – grandes centros urbanos que decidiram por conta própria não perseguir seus residentes a partir de sua condição imigratória.

Mas, desde a eleição, prefeitos de várias e importantes cidades-santuário, como New York, San Francisco, Seattle e Chicago e até mesmo a capital do país, Washington, D.C., já declararam que vão continuar a prestar serviços para seus residentes não importando a condição imigratória deles, e que não vão cooperar com a política repressora federal no que diz respeito à questão.

“A todos vocês que ficaram apreensivos depois da eleição e que estão cheios de ansiedade agora, posso dizer que estarão seguros em Chicago. Estão seguros em Chicago e têm o apoio de Chicago”, disse o prefeito Rahm Emanuel. Ele ainda ressaltou que os funcionários municipais e policiais não poderão questionar a condição imigratória das pessoas. “Chicago sempre será uma cidade-santuário.”

Lideranças de San Francisco também pretendem manter a mesma condição na cidade, apesar da possível perda dos $480 milhões que recebe de ajuda financeira federal e de quase $900 milhões de repasses federais que vêm através do estado da California.

“Seremos sempre San Francisco”, disse o prefeito Ed Lee à Associated Press. “Sei que há muita gente frustrada, nervosa, apreensiva e temerosa, mas nossa cidade nunca foi assim. Sempre fomos, e seremos sempre, a cidade dos refugiados, uam cidade-santuário, uma cidade do amor.”

Bill de Blasio, prefeito de New York City, foi o primeiro prefeito a declarar que a cidade não vai mudar sua política e continuará sendo um santuário para imigrantes.

Los Angeles, que abriga cerca de dez por cento dos 11 milhões de imigrantes irregulares no país, mantém sua força policial independente das agências federais imigratórias desde 1979, e seu chefe de polícia, Charlie Beck, já declarou que a separação vai prosseguir na sua cidade.

A prefeita de Minneapolis, Betsy Hodges, adotou uma atitude parecida.

“Se a nossa polícia fizer o trabalho do ICE (Immigration and Customs Enforcement – a polícia imigratória) isso vai prejudicar nossa capacidade de manter as pessoas seguras e apurar os crimes”, disse em nota a prefeita. “Testemunhas e vítimas não aparecerão se acharem que a polícia irá questionar sua situação imigratória.”

Algumas cidades ainda relutam, entretanto. Seattle disse que continuará como santuário, mas o prefeito Ed Murray declarou estar “muito preocupado” com a perda dos recursos federais.

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