A pandemia de coronavírus já matou mais de meio milhão de pessoas nos Estados Unidos e, apesar do número ainda ser alto, a doença está dando uma trégua depois de um ano de um pesadelo que parecia não ter fim. Isso graças à vacinação em massa. No País, mais de dois milhões de pessoas estão sendo vacinadas todos os dias.
Casos diários caíram de 260 mil em janeiro para pouco mais de 60 mil, patamar que ainda é considerado alto e causa temor de quarta onda da pandemia, mas já é uma boa notícia.
Na Flórida, os números continuam a cair desde o dia 8 de janeiro. Neste domingo (7), foram reportados 4.098 casos da doença e 63 mortes.
O presidente Joe Biden anunciou nesta semana que haverá doses para todos os adultos que quiserem ser vacinados até o fim de maio, encurtando em dois meses o prazo anunciado inicialmente. O cálculo é que a imunidade de rebanho seja atingida no país por meio da vacinação até meados do ano.
Mais de 16% dos americanos já receberam a primeira dose, segundo o New York Times, enquanto 8% estão totalmente imunizados. No Brasil, 3,5% da população receberam ao menos uma dose, enquanto apenas 1,1% recebeu as duas.
Depois de um ano de decisões difíceis, como o afastamento da irmã e dos sobrinhos por causa da pandemia, hoje a enfermeira brasileira Ana Carolina Barbalho se sente mais tranquila. Ela tomou a vacina em dezembro.
“Nós, os primeiros a receber, temos aquele alívio de saber que não morreremos mais — diz a enfermeira, que trabalhou em UTIs de Covid na capital, Washington, e em Vermont. — Para mim, foi a vacina da esperança. Na hora eu não chorei porque tinha muita gente, mas, no caminho de volta pra casa, chorei muito. Passa um filme na sua cabeça, de cada paciente que você tratou, que teve que segurar a mão”, disse a enfermeira ao jornal O Globo.