Londres justificou a decisão dizendo que considera essas “operações um fator de atração involuntário, que encoraja os clandestinos a tentar a perigosa travessia para chegar à Europa”. O governo britânico quer concentrar sua ação nos “países de origem e de trânsito dos imigrantes” e na luta contra os coiotes.
Reduzir a imigração é uma das prioridades do primeiro-ministro David Cameron, que tenta renegociar os termos para a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia. O país também continua inflexível nas discussões sobre o orçamento europeu. Apesar das ameaças de sanções feitas por Bruxelas, Cameron se recusa a pagar 2 bilhões de euros suplementares ao orçamento europeu, no dia 1° de dezembro.
A operação marítima italiana Mare Nostrum, que socorreu mais de 150 mil imigrantes em um ano, terminou esta semana. Para apoiar os esforços italianos, a União Europeia lança no próximo dia 1° de novembro a operação Triton de patrulha do Mediterrâneo.
Um número recorde de 3.072 clandestinos, vindos principalmente dos países em conflito do Oriente Médio ou da África, morreram afogados desde o início do ano tentando chegar à Europa pelo mar, segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM).